Dólar passa a registrar leves baixas ante o real
Após revisar o comportamento dos contratos futuros de ouro em diferentes intervalos gráficos, concluo que há sinais de risco de uma correção acentuada, com preços excessivamente estendidos que levaram o metal a testar máximas históricas. O movimento tem sido sustentado pelo aumento da demanda por fundos negociados em bolsa (ETFs) e pela continuidade das compras de bancos centrais ao longo do ano, desde a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 20 de janeiro de 2025, cuja política tarifária provocou um choque nas relações comerciais globais.
Sem dúvida, essas políticas comerciais prejudicaram o comércio internacional e também impactaram a própria economia americana. Esse cenário de incerteza intensificou a busca por proteção no ouro, o que manteve o apetite comprador nos contratos futuros do metal, mesmo em detrimento do desempenho das moedas.
Atualmente, essa escalada de preços ocorre em meio à paralisação do governo dos EUA, após o fracasso no Senado de um projeto orçamentário apoiado pelos republicanos. Esse ambiente de instabilidade mantém os investidores voltados para ativos de refúgio, com outros metais preciosos também registrando valorização na última semana.
Entretanto, avalio que essa tendência altista pode estar chegando ao fim, uma vez que o preço do ouro se encontra excessivamente esticado. O metal já perdeu parte de sua atratividade como porto seguro acima de US$ 3.545, e a formação de uma bolha de preços parece prestes a se desfazer, apesar da confiança generalizada de que a alta poderia se estender além dos US$ 4.000.
Níveis técnicos a observar
No gráfico mensal, os contratos futuros de ouro testaram o limite superior da zona de sobrecompra neste mês. Uma nova tentativa de avanço pode provocar o esvaziamento dessa bolha nos próximos dias. Após diversas tentativas de rompimento da resistência em US$ 3.480 entre maio e agosto, o ouro registrou em setembro uma forte sequência de ganhos, atingindo a máxima histórica de US$ 3.899. No entanto, a movimentação atual parece marcar o esgotamento do ciclo, já que o preço não conseguiu se sustentar na máxima de US$ 3.922,80 registrada neste mês.
No gráfico semanal, os contratos mostram indecisão quanto à direção do movimento. Caso a semana se inicie com um gap de baixa e o preço permaneça abaixo do suporte imediato em US$ 3.808, o sinal de exaustão deve persistir. Por outro lado, se o ouro abrir acima da resistência de US$ 3.923 e se mantiver nesse patamar, poderá testar o próximo obstáculo técnico em US$ 3.975, onde vendedores devem abrir novas posições vendidas, com stop em US$ 4.097 e alvo em US$ 3.140 até 6 de abril de 2026, diante da possibilidade de uma queda mais acentuada.
No gráfico diário, o ouro manteve sinais de fraqueza, apesar das repetidas tentativas de romper a resistência em US$ 3.922,80 na quarta e na quinta-feira. O fechamento de sexta-feira, em US$ 3.908,90, formou um padrão de “Hanging Man”, que pode resultar em abertura com gap de baixa na primeira sessão desta semana. Uma queda sustentada abaixo do suporte imediato em US$ 3.860 pode levar o metal a testar o próximo suporte relevante em US$ 3.750.
Em sentido oposto, caso os preços avancem e se mantenham acima da resistência de US$ 3.922,77, vendedores podem iniciar novas posições na região de US$ 3.947, com stop em US$ 4.010 e metas em US$ 3.760 até o fim deste mês e em US$ 3.265 até o final do ano.
No gráfico de 4 horas, os contratos parecem prontos para testar o suporte imediato na média móvel de 50 períodos (US$ 3.842) antes de definir a próxima direção. Um movimento de alta que alcance a resistência em US$ 3.922,77 pode atrair novamente posições vendedoras, já que qualquer rompimento sustentado acima desse nível tende a estimular uma onda de realização de lucros.
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