Bitcoin perde força com cautela global após sinais mistos do Fed
- Investidores mantêm o otimismo, sustentados pela escassez de dados econômicos e pela expectativa de novos cortes de juros pelo Fed.
- Compradores nas quedas continuam dominando o mercado, mantendo as ações próximas às máximas históricas antes da temporada de resultados.
- Sinais de sobrecompra começam a aparecer, mas os traders seguem acompanhando a tendência enquanto o cenário fundamental permanecer favorável.
Com a paralisação parcial do governo dos EUA limitando a divulgação de dados econômicos e sem gatilhos baixistas relevantes à vista, os mercados seguem em alta gradual. Os futuros do S&P 500 atingiram novas máximas durante a madrugada, antes de recuarem levemente. A dúvida agora é se o rali pode se estender antes da temporada de balanços corporativos.
Até o momento, os investidores têm deixado de lado os alertas sobre uma possível bolha em ações de tecnologia, apostando que as empresas conseguirão entregar resultados à altura das expectativas elevadas. A atenção também se volta para a retomada dos cortes de juros do Federal Reserve, com a expectativa de duas novas reduções ainda em 2025, o que tem ajudado a compensar preocupações com o arrefecimento do mercado de trabalho.
Mercados seguem firmes com investidores comprando nas quedas
A julgar pelo comportamento recente, os investidores parecem confiantes de que o rali em curso pode continuar sem um catalisador baixista que mude o cenário. Com o “shutdown” restringindo a divulgação de dados econômicos, não há motivo para o Fed adiar dois novos cortes de juros.
Por isso, poucos traders têm motivos para desmontar posições de forma agressiva. Embora haja realização pontual de lucros antes dos balanços, o sentimento geral ainda é de manutenção das posições compradas.
Entre os traders mais ativos, o padrão é claro: comprar em cada correção. A sequência de pequenas realizações e novas máximas históricas nos principais índices reforça essa dinâmica. Em um ambiente assim, procurar operações de venda não faz muito sentido.
Temporada de balanços define próximos movimentos
Os resultados corporativos devem orientar o mercado nas próximas semanas, principalmente para validar o entusiasmo em torno da inteligência artificial, um dos motores do rali recorde em Wall Street.
Os números de hoje incluem PepsiCo (NASDAQ:PEP) e Delta Air Lines (NYSE:DAL). Na próxima semana, a atenção se volta para os grandes bancos, como Goldman Sachs (NYSE:GS) e Citigroup (NYSE:C). Já no fim do mês, os resultados das big techs tendem a ter o maior impacto sobre o S&P 500.
Análise técnica do S&P 500
Com os índices acionários em recordes históricos, a estratégia dominante segue sendo comprar nas quedas. Os principais suportes permanecem firmes, destaque para o nível de 6.756 pontos, que em setembro atuava como resistência e agora virou suporte técnico.
Esse patamar foi testado diversas vezes nos últimos dias e, ontem, o índice reagiu com força, atingindo uma nova máxima. Os futuros estabilizaram ao redor dos 6.800 pontos, mas o movimento parece mais uma pausa temporária antes de nova perna de alta.
O próximo nível-chave no gráfico de futuros é 7.000 pontos, que coincide com a extensão de Fibonacci de 161,8% da última correção significativa (em fevereiro), localizada por volta dos 6.991 pontos.
Os indicadores de momento, porém, já mostram sinais de sobrecompra em múltiplos períodos. O IFR diário está acima de 70, o semanal também rompeu essa faixa e o mensal se aproxima de 75, níveis semelhantes aos vistos no final de 2024, antes da correção que ocorreu meses depois. No ouro, o IFR mensal chegou a um extremo de 90.
Em algum momento, esses níveis precisarão se ajustar, seja por uma consolidação lateral, seja por uma correção mais expressiva. Ainda assim, o impulso de alta permanece forte após seis meses consecutivos de valorização. IFR elevado não indica queda imediata, apenas sugere que o mercado está esticado.
E embora alguns defendam que o IFR perde relevância em tendências sólidas, ele continua sendo um bom lembrete de que nenhum mercado sobe em linha reta indefinidamente.
Tendência continua sendo sua melhor aliada
Por ora, enquanto não surgirem fatores novos, como balanços decepcionantes, tensões geopolíticas ou choques comerciais, os traders tendem a manter suas posições compradas. Desde o fundo de abril, o mercado tem ignorado as manchetes negativas.
O recado é claro: não lute contra a tendência. Se você ainda não está posicionado, o mais prudente pode ser aguardar uma correção e aproveitar a próxima oportunidade de compra nas quedas.
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