A dificuldade de mineração do Bitcoin aumentou quase 15% na terça-feira, 17 de junho. O salto representa a maior alta registrada neste indicador desde janeiro de 2018. Naquela ocasião, o ajuste de dificuldade foi de quase 16%.
A mudança ocorreu na altura do bloco 635.040. De acordo com dados do BTC.com, a rede ajustou seu nível de dificuldade para 15,78 trilhões.
O ajuste de dificuldade do Bitcoin bateu recordes seguidos em 2019. no entanto, a alta da terça-feira ocorre dois meses após uma das maiores quedas do ajuste na história do Bitcoin. Em 26 de março, a dificuldade da rede teve uma queda de quase 16%, a maior desde dezembro de 2018.
Dificuldade de mineração impacta preço O ajuste de dificuldade é uma métrica que define a facilidade com que os mineradores podem criar novos blocos. De acordo com o trader Felipe Escudero, o ajuste tem um impacto indireto no preço do Bitcoin.
“O ajuste da dificuldade não impacta diretamente na cotação do BTC, mas sim indiretamente. Quanto maior for a dificuldade, mais força computacional é necessária pra minerar um bloco. Consequentemente, mais caro fica o custo de uma unidade de Bitcoin.”
Quando o ajuste é aumentado, o custo de produzir novos Bitcoins aumenta. Isso faz com que os mineradores precisem vender suas moedas a um preço mais alto. Quando isso não acontece, eles operam no prejuízo.
“Se, por acaso, a cotação atual for muito abaixo do custo unitário, o minerador tem duas escolhas: vende com prejuízo ou desliga suas máquinas. Se muitos desligarem suas máquinas, a dificuldade cai e o custo de aquisição versus preço de venda acabam se equilibrando”, afirma Escudero.
Ajuste serve como equilíbrio para a rede Além de ser uma forma de impactar o preço do Bitcoin, o ajuste de dificuldade serve para dar equilíbrio à rede.
Ao aumentar ou diminuir a dificuldade, ele serve tanto para atrair mais mineradores para a rede, quanto para retirar do mercado mineradores menos eficientes.