A Visa (NYSE:V); (SA:VISA34) cancelou a aquisição da startup Plaid. O anúncio foi feito na terça-feira (12).
A compra da fintech serviria como uma ponte entre a Visa e o mercado de finanças descentralizadas (DeFi). O custo da aquisição era estimado em US$ 5,3 bilhões (R$ 29 bilhões na cotação atual).
Os motivos da desistência foram as ações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ). Aliás, o anúncio do cancelamento foi realizado pelo próprio site oficial do DOJ.
Acusação de antitruste cancela processo
O cancelamento da fusão planejada veio na sequência de um processo movido pelo DOJ no ano passado. O órgão buscava bloquear o negócio.
Uma ação civil antitruste foi aberta 5 de novembro de 2020 para impedir a fusão. A alegação é de que a Visa praticava monopólio no mercado de débito online.
O DOJ apontou que a empresa cobra de consumidores e comerciantes bilhões de dólares em taxas a cada ano para processar pagamentos online.
Segundo o procurador-geral assistente, Makan Delrahim, o surgimento das fintechs traziam mais concorrência ao mercado. Com isso, as taxas tendiam a diminuir, beneficiando o consumidor.
“Agora que a Visa abandonou sua fusão anticompetitiva, a Plaid e outros futuros inovadores em fintech estão livres para desenvolver alternativas potenciais aos serviços de débito online da Visa.”
“Vitória para o consumidor”
O procurador-geral assistente citou que a desistência da Visa era uma “vitória para o consumidor e para as pequenas empresas.
“Em uma vitória para os consumidores americanos e pequenas empresas, a Visa abandonou seus esforços para adquirir um concorrente inovador e nascente. Com mais concorrência, os consumidores podem esperar preços mais baixos e melhores serviços”, disse.
Segundo o DOJ, a Plaid gerou aproximadamente US$ 100 milhões em receitas em 2019, o equivalente a R$ 550 milhões na cotação atual