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Golpes com criptomoedas no Brasil disparam durante a pandemia

Publicado 07.08.2020, 07:00
Atualizado 07.08.2020, 07:10
© Reuters. Golpes com criptomoedas no Brasil disparam durante a pandemia

Desde o início da pandemia de Covid-19, os golpes que prometem investimentos em criptomoedas dispararam no Brasil. Foi o que afirmou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Desde o início do ano, a autarquia já abriu 213 processos de investigação de atividades irregulares no país, conforme informou uma matéria da CNN.

A título de comparação, em 2019, mesmo com escândalos relacionados a esquemas como da Unick Forex e da FX Trading Corp, foram 371 investigações.

Quando comparado ao ano de 2015, o número parcial de 2020 chega a ser sete vezes maior.

Para o superintendente de proteção aos investidores da CVM, José Alexandre Vasco, o número é impactante:

“Estou no mesmo cargo há 15 anos e esse é um crescimento ímpar na história da CVM, não há precedentes”, enfatizou. “A pandemia acelerou o aumento e, provavelmente, teremos um recorde [das atividades irregulares e/ou criminais] neste ano”, completou.

Pirâmides financeiras

Segundo Vasco, a CVM já emitiu 18 alertas para suspensão de atividades irregulares apenas no segundo trimestre de 2020. No ano anterior, no mesmo período, foram apenas quatro casos.

Sendo que um dos golpes mais comuns ainda são os esquemas de pirâmides financeiras.

Um levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas corrobora essa informação. Isso porque o estudo apontou que em 2019, 55% do brasileiros que afirmaram ter perdido dinheiro em investimentos fraudulentos foram vítimas de pirâmides financeiras.

A maior motivação é a “promessa de altas taxas de rendimento”.

Vítima da Unick

E este foi o caso da profissional de saúde Joana (nome fictício), que foi vítima do esquema fraudulento da Unick.

À CNN, a moradora do Rio Grande do Sul contou que queria se livrar do aluguel.

Por isso, decidiu investir na Unick, que segundo a CNN é “um dos maiores esquemas de pirâmide dos últimos anos no Brasil”.

“Até aquele momento, eu deixava meu dinheiro na poupança, como todo mundo. Mas eu queria comprar um terreno, construir uma casa. Meu objetivo nunca foi ficar milionária”, relatou a vítima.

Ela ainda disse que, como no início estava recebendo os supostos rendimentos, acabava reinvestindo.

Entretanto, depois que o esquema foi desarticulado em outubro de 2019 com a deflagração da Operação Lamanai pela Polícia Federal, ela percebeu que se tratava de um golpe.

“Depois de alguns meses comecei a ter problema para realizar os saques. Começaram a postergar os pagamentos e usavam problemas técnicos da plataforma como desculpa. Quando a Operação Lamanai teve início, percebi que realmente precisaria entrar com um processo”, disse.

Casos como da Unick estão se multiplicando

Por conta da crise econômica gerada pela pandemia, casos como o da Unick parecem estar se multiplicando, disse Vasco.

“No geral, épocas assim trazem um maior número de golpes, por conta da própria crise. Há aqueles desesperados em busca de ‘oportunidades’ e os fraudadores se dedicam ainda mais a esses ‘empreendimentos’ em busca do dinheiro”, explicou.

Agora, os golpes estão disfarçados de investimentos em criptomoedas, a exemplo da Unick, conforme destacou Demetrius Teixeira. Ele é o advogado responsável por uma ação coletiva que reúne 369 vítimas do esquema, incluindo Joana.

“A empresa apresentava essa ideia de que prestava serviços de compra e venda de criptomoedas no mercado financeiro, mas isso era fachada. Eles diziam que em seis meses o investidor teria 200% de rendimento”, detalhou Demetrius Teixeira.

Por CriptoFácil

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