Investing.com - A Marathon Digital Holdings (MARA), uma empresa de capital aberto dedicada à mineração de bitcoin, revelou planos para emitir US$ 250 milhões em títulos conversíveis sênior, com a intenção de usar parte dos fundos arrecadados para adquirir bitcoin.
De acordo com o comunicado da Marathon Digital, os títulos terão vencimento em 2031 e serão ofertados a investidores institucionais qualificados. Além disso, a empresa oferecerá uma opção adicional de compra de US$ 37,5 milhões para os primeiros investidores nas duas primeiras semanas.
Atualmente, a Marathon Digital possui 20.818 bitcoins, avaliados em mais de US$ 1,2 bilhão, o que a posiciona como a segunda maior detentora de bitcoin entre as empresas listadas em bolsa.
Os títulos que a Marathon Digital pretende emitir pagarão juros semestrais e vencerão em 1º de setembro de 2031. A empresa também mencionou que, a partir de setembro de 2028, os títulos poderão ser resgatados em dinheiro sob certas condições. A partir de março de 2029, os detentores dos títulos poderão solicitar que a empresa os recompre. As opções de resgate incluem pagamento em dinheiro, conversão em ações ou uma combinação de ambos.
Marathon Digital é uma das maiores produtoras de bitcoin do mercado. Segundo dados recentes da blockchain, a Marathon foi responsável pela mineração de 40 dos 958 blocos de bitcoin na última semana.
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Situação atual das ações da MARA
As ações da MARA, que são negociadas na Nasdaq, enfrentaram uma resistência no nível de US$ 27 durante o ano, com suporte em torno de US$ 15, mantendo uma tendência consolidada. Após sofrer quedas significativas nas últimas três semanas, caindo para US$ 13, as ações retornaram para cerca de US$ 15.
O indicador de preço-justo do InvestingPro prevê que o ciclo das ações da MARA deve continuar, estimando um aumento de valor de 65%, com potencial para alcançar até US$ 25.
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Investidores de fundos de criptoativos veem correção de mercado como oportunidade de compra
Na última semana, os fundos de investimento em criptoativos registraram um entradas líquidas de recursos de US$ 176 milhões, após investidores considerarem o momento de queda como uma oportunidade de compra.
As gestoras de ativos observaram que seus ativos sob gestão (AuM) caíram para até US$ 75 bilhões durante as intensas vendas da semana passada. Após uma recuperação rápida, com perdas de US$ 20 bilhões ao longo da semana, o AuM subiu para US$ 85 bilhões, de acordo com dados da CoinShares. Nesse intervalo, o volume dos fundos negociados em bolsa também superou a média de US$ 14 bilhões, atingindo US$ 19 bilhões.
Outro destaque foi que todas as regiões apresentaram entradas líquidas positivas na semana passada, sinalizando que os investidores agiram rapidamente para aproveitar preços baixos. Os Estados Unidos lideraram com entradas de US$ 89 milhões, seguidos pela Suíça com US$ 21,3 milhões e pelo Brasil com quase US$ 20 milhões. Em uma base mensal, os EUA continuaram a registrar uma saída líquida de US$ 306 milhões.
Em relação aos ativos, houve uma mudança notável. O bitcoin, anteriormente dominante no mercado de ETFs, passou seu lugar para o ethereum. Os fundos de ethereum, apoiados por ETFs à vista, tiveram uma entrada líquida de US$ 155 milhões na semana passada, enquanto os fundos de bitcoin registraram uma entrada líquida menor, de US$ 13 milhões. A demanda contínua por ETFs de ethereum elevou o total acumulado no ano para US$ 862 milhões.
Os fundos de bitcoin, após fortes saídas no início da semana, conseguiram uma rápida recuperação e fecharam a semana no positivo. Os fundos Short bitcoin, que apostam na queda do bitcoin, tiveram a maior saída, totalizando US$ 16,2 milhões, indicando que os investidores esperam uma rápida recuperação do bitcoin. A análise de outros fundos de altcoins mostrou que, exceto por uma saída de US$ 1,2 milhões no BNB, não houve mais perdas registradas.