O vice-presidente do Irã Eshaq Jahangiri anunciou na segunda-feira, dia 6 de julho, um decreto que irá obrigar os mineradores de criptomoedas do país a registrar suas plataformas junto ao governo em um prazo de 30 dias.
Portanto, com a determinação, os mineradores deverão divulgar ao governo suas identidades. Além disso, informações como o tamanho de seus pools de mineração e o tipo de equipamento de mineração também deverão ser informados ao Ministério da Indústria, Minas e Comércio do Irã.
O prazo dado pelo governo iraniano para que esse cadastro seja finalizado é de 30 dias. Depois disso, o Ministério irá publicar uma lista de centros de mineração licenciados pelo governo.
Uma vez nesse sistema, os mineradores deverão agir de acordo com o estabelecido e, quando for o caso, pagar os encargos governamentais.
Conforme publicado no anúncio da decisão, a ação tem o objetivo de:
“facilitar o ambiente de negócios no país e eliminar a confusão na atividade de mineração de criptomoedas”.
Além disso, a medida visa permitir que o governo possa monitorar, controlar e planejar as atividades de mineração no país. Assim, promovendo transparência e a “saúde” das atividades nesse campo, bem como a proteção dos recursos públicos na área de eletricidade e energia.
Irã é responsável por “confusão”
Em julho de 2019, conforme noticiou o CriptoFácil, o governo iraniano legalizou a mineração de criptomoedas no país. No entanto, suas políticas, tarifas e leis de mineração são pouco claras para os mineradores
Por isso, o governo iraniano tem uma cota significativa de responsabilidade no que chamou de “confusão de atividade de mineração”.
Também não está claro no aviso qual será a punição que os mineradores ilegais de criptomoedas enfrentarão. No passado eles já chegaram a ser presos e multados por exercerem a atividade clandestinamente.
Vale ressaltar que a atividade de mineração do Irã contribui para quase 4% do hash rate do Bitcoin.