Recentemente, o CriptoFácil noticiou sobre a Oasis Mercosul reter saques de clientes. A plataforma logo anunciou uma paralisação de 15 dias.
Inicialmente, a paralisação seria para uma manutenção. Contudo, a justificativa foi mudada, passando a ser uma auditoria.
A suposta auditoria em curso está sendo realizada para supostamente migrar os clientes Oasis.
A plataforma que adquirirá a carteira da empresa é a GO Life Global. A GO Life promete um esquema de tokenização confuso, com rentabilidade de até 30% ao mês.
Oasis migra para GO Life sem pagar usuários
Embora a aquisição da Oasis pela GO Life tenha sido anunciada, a situação dos clientes ainda é confusa.
Tudo começou na última semana, quando clientes relataram atrasos em seus saques. Rapidamente, a plataforma ficou fora do ar.
O caso então seguiu o curso geralmente percorrido atualmente por empresas semelhantes. São exibidas diversas transmissões, nas quais diversas promessas são feitas a fim de acalmar os ânimos.
Foi em uma dessas “lives” que Cristiano Dalla, CEO da Oasis Mercosul, anunciou a junção com a GO Life.
Entretanto, os clientes da Oasis que não conseguiram sacar seguem sem saber como reaver o dinheiro.
Na verdade, o pouco que se sabe é que os clientes da Oasis Mercosul precisarão pagar a taxa inicial de R$ 175,00 da GO Life para integrar a empresa.
Sobre a GO Life
Em sua apresentação sobre tokenização, a empresa começa colocando informações questionáveis.
Em sua lista de “parceiros e investidores anjo”, ela lista Bradesco (SA:BBDC4) e Caixa Seguros. Contudo, não há quaisquer informações do envolvimento das duas instituições com a GO Life.
Supostos parceiros e investidores da GO Life
Além disso, a plataforma promete que seus clientes vão “ganhar dinheiro com sua moeda virtual”.
Porém, em sua apresentação a empresa afirma que o token não possui valor monetário. Segundo o documento, o token GLC é “combustível interno”.
A empresa ainda fala sobre supostos sorteios feitos na Caixa Econômica Federal de R$ 50 mil.
A estranha dinâmica da empresa consiste em depósitos feitos por usuários, que não podem sacar o valor. Quanto mais tempo preso na plataforma, maior o suposto retorno.
Apesar de afirmar possuir sede na Suíça, a GO Life sequer é registrada junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Desta forma, assim como outras empresas que lesaram investidores, a empresa promete altos rendimentos sem permissão para oferece-los.
Por fim, vale ressaltar que a empresa afirma que produz diversos bens, que podem ser vendidos pelos seus clientes.
No entanto, a mesma proposta foi feita pela Oasis, que lesou clientes e agora luta para se esquivar da responsabilidade de pagamento.