Mais de R$ 370 mil em Bitcoins foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) em uma operação realizada nesta segunda-feira (15) de junho. Além das criptomoedas, R$ 101 mil em espécie, documentos e celulares também foram apreendidos pela PF.
De acordo com o portal Agência Brasil, trata-se da Operação Exam, que está investigando o desvio de recursos públicos em fraudes em licitações na área de saúde.
As irregularidade praticadas supostamente na prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, podem ter deixado um prejuízo de cerca de R$ 7 milhões aos cofres públicos.
Outras cidades também foram alvo da operação da PF. Isso porque as autoridades policiais cumpriram mandados nas cidades de São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro, Miracema, Nova Iguaçu e São João de Meriti, todas no estado do Rio. Além de Vila Velha, no Espírito Santo.
Assim, a sede da Secretaria Municipal de Saúde de Cabo Frio era o alvo da operação da Polícia Federal. No local, a PF fez a averiguação do estoque de remédios e insumos do almoxarifado. Além disso, o Hospital de Campanha da Unilagos, na mesma cidade, também foi foco da investigação.
Investigação iniciou antes da pandemia
As investigações tiveram início antes mesmo da pandemia, segundo informou o Ministério Público Federal (MPF). Nesse caso, também eram apurados casos envolvendo licitações. Além de contratos para realização de exames laboratoriais e a compra e distribuição de remédios. A operação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU)
Por outro lado, no que diz respeito à operação da PF, as apurações foram sobre os recursos federais para combate à covid-19 em Cabo Frio.
O procurador da República Leandro Mitidieri explicou que o planejamento inicial era a realização de operações após passada a pandemia. Já que o MPF vem se colocando a favor de medidas restritivas. “Mas verificou-se a necessidade da antecipação da ação”, esclareceu.
Apreensão de Bitcoin
Os R$ 370 mil em contratos de Bitcoin foram apreendidos na casa de um empresário, que não teve seu nome revelado.
A PF ainda apreendeu 14 celulares, 10 HDs, sete desktops, 10 notebooks, uma CPU e dois iPads. Esses itens serão periciados pela Polícia Federal na superintendência do Rio. Os documentos apreendidos na ação, por sua vez, serão examinados pelos auditores da CGU.