Rio de Janeiro, 15 mai (EFE).- A Petrobras faturou R$ 9,214 bilhões no primeiro trimestre de 2012, 16% a menos em relação ao mesmo período do ano passado, informou a empresa nesta terça-feira.
O lucro líquido foi 82% superior ao registrado no quarto trimestre de 2011, declarou o diretor financeiro da companhia estatal, Almir Barbassa, em entrevista coletiva.
O lucro bruto de exploração (Ebitda) chegou a R$ 16,5 bilhões, um crescimento de 4% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
O principal fator que explicou o pior resultado foi a queda de 77% do resultado financeiro, que apresentou lucro trimestral de R$ 465 milhões, devido à volatilidade do mercado de divisas e a redução das receitas obtidas com aplicações financeiras.
A receita subiu 22% e atingiu R$ 66,134 bilhões, aumento que foi motivado em parte pela alta da cotação do petróleo e pela depreciação da taxa de câmbio, segundo Barbassa.
O custo do produto vendido aumentou 33% e registrou R$ 45,89 bilhões, o que também se deveu ao aumento do preço do petróleo, que encareceu a importação de gasolina e outros derivados.
A Petrobras teve de aumentar suas importações de derivados em 46% para atender o crescimento da demanda no mercado brasileiro.
A produção média de petróleo e gás natural do trimestre alcançou 2,676 milhões de barris, 246 mil a mais que no trimestre anterior.
O preço do barril, que se guia pela cotação do Brent, subiu 8% nos mercados internacionais, até US$ 118,49, segundo o diretor.
A petrolífera fez seus cálculos contabilizando um câmbio médio de R$ 1,77 por dólar, embora a depreciação do real tenha atingido nesta terça-feira a barreira dos US$ 2.
A companhia realizou em fevereiro uma captação de US$ 7,2 bilhões mediante a emissão de bônus com vencimentos a três, cinco, dez e 30 anos.
No entanto, Barbassa se absteve de comentar o possível impacto da volatilidade do real nas contas da empresa fruto dessa operação.
A Petrobras investiu no trimestre R$ 18,02 bilhões, dos quais 52% foram destinados às atividades de produção e extração. EFE