Rio de Janeiro, 28 mai (EFE).- O relatório semanal do Banco Central com as previsões da economia divulgado nesta segunda-feira diminuiu a expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,09% para 2,99% em 2012.
Esta a primeira vez que os economistas consultados pelo Banco Central calculam um crescimento da economia abaixo de 3% para este ano.
A previsão para 2013 foi mantida em 4,5%, segundo o Relatório Focus. Apesar dos indicadores econômicos mostrarem uma atividade lenta nos primeiros meses do ano e das previsões de redução dos especialistas, o governo anunciou no dia 18 de maio projeção de crescimento de 4,5%.
Neste mesmo dia, o Banco Central divulgou um relatório que dizia que a economia brasileira só cresceu 0,15% no primeiro trimestre de 2012 em relação aos últimos três meses de 2011 e 1,06% frente ao mesmo período do ano passado.
A previsão do Banco Central para o PIB deste ano (3,5%) também está abaixo da projeção do Governo.
Segundo as estatísticas oficiais, a economia brasileira cresceu 2,7% em 2011, quase um terço da expansão de 7,5% registrada em 2010, o que foi resultado, entre outras coisas, da crise econômica internacional.
Os indicadores de produção industrial e outras atividades divulgados até o momento não mostraram a forte recuperação esperada pelo governo.
Fontes do Ministério da Fazenda reconheceram na semana passada que o crescimento deste ano será inferior ao projetado, e que para impedir uma desaceleração o governo está preparando uma nova série de medidas para estimular o consumo, principalmente a redução das taxas de juros e dos impostos sobre a compra de veículos e de outros produtos.
Os economistas consultados na semana passada pelo Banco Central também preveem que diante da previsão de um crescimento menor este ano o governo prosseguirá sua política de redução da taxa básica de juros, que alcançará menos de 8% antes do fim do ano.
Em relação aos outros indicadores, os analistas reduziram sua previsão para a inflação este ano de 5,21% até 5,17%, e mantiveram a de 2013 em 5,6%.
A projeção para a taxa de câmbio no final do ano foi aumentada de R$ 1,85 para R$ 1,90 por dólar. EFE