Bruxelas, 26 out (EFE).- A Comissão Europeia (CE) assegurou nesta sexta-feira que as reformas no setor financeiro estipuladas pela Espanha em troca da ajuda para recapitalizar os bancos progridem em "bom ritmo", já que o programa aponta para "um êxito".
O Executivo comunitário, além disso, assinalou que as condições do mercado financeiro espanhol "melhoraram" nos últimos meses, mas ressaltou que os "desafios para uma parte do setor bancário seguem sendo importantes" e, por isso, querem seguir com o plano previsto.
Essas são as principais conclusões da missão de analistas enviados pela Comissão Europeia (CE), pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para desenvolver a primeira avaliação do programa de assistência financeira para a Espanha.
O governo espanhol pactuou no mês de julho um crédito de até 100 bilhões de euros com seus parceiros europeus para apoiar seus bancos em apuros e, em troca, se comprometeu a assumir uma série de ações no "âmbito financeiro" e econômico.
Segundo a análise da Comissão Europeia e do BCE, "apesar da complexidade dos temas em jogo, os avanços por parte das autoridades espanholas parecem seguir um bom ritmo, o que permitirá uma ação política oportuna em linha com o estabelecido no Memorando de Entendimento", o documento no qual se traçava o plano e as condições para recapitalizar aos bancos espanhóis.
Além disso, os analistas comunitários obtiveram na sua visita "uma atualização detalhada da situação macroeconômica da Espanha e do rendimento atual de todos os grandes bancos espanhóis", explicaram as instituições.
"Apesar das condições gerais do mercado financeiro na Espanha terem apresentado melhoras desde o início do programa e os problemas de financiamento ter reduzidos, os desafios para uma parte do setor bancário seguem sendo importantes e, por isso, requerem uma ação política decisiva", completaram a Comissão Europeia e o BCE.
Ao mesmo tempo, Bruxelas explicou que a missão "chegou a um acordo com as autoridades espanholas sobre aspectos importantes do desenho e do funcionamento da futura Sociedade de Gestão de Ativos - o chamado "banco podre" - incluindo sua dimensão global e governança", o que permitirá que esse instrumento comece a operar a partir do dia 1º de dezembro.
"Em geral, as conclusões desta missão apontam o êxito de um programa cuja execução ainda está em andamento", conclui a nota. EFE