Tóquio, 26 dez (EFE).- O novo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, apresentou nesta quarta-feira, após o parlamento referendar sua nomeação, um governo que terá como principal prioridade a recuperação da terceira maior economia mundial.
"O primeiro objetivo é nos recuperar do desastre (terremoto e tsunami de março de 2011) e também revitalizar a economia", ressaltou Yoshihide Suga, novo ministro porta-voz, ao anunciar a escalação do novo governo.
Para ministro das Finanças, Abe, de 58 anos, escolheu Taro Aso, que já enfrentou, como primeiro-ministro, a crise financeira gerada pela queda do banco Lehman Brothers em 2008.
Aso, de 72 anos e um dos pesos pesados do Partido Liberal-Democrata (PLD), também foi nomeado vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, enquanto Toshimitsu Motegi, de 57 anos e ex-vice-chanceler, ocupará a pasta de Economia, Comércio e Indústria.
Abe, que já tinha sido primeiro-ministro entre 2006 e 2007, criou um novo posto dentro de seu governo, focado só em conseguir um sólido crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Este cargo, o de ministro da Revitalização Econômica, será ocupado por Akira Amari, de 63 anos, ex-ministro de Economia, Comércio e Indústria entre 2006 e 2008.
Como ministro para a Reconstrução das zonas devastadas pelo tsunami de março de 2011, Abe apostou em Takumi Nemoto, político de 61 anos nascido em Fukushima, uma das províncias mais afetadas pela tragédia e que é o local onde fica a danificada usina nuclear de Daiichi.
O ministro do Meio Ambiente e responsável por Segurança Nuclear será Nobuteru Ishihara, de 55 anos, ex-ministro dos Transportes há quase 10 anos e filho do polêmico ex-governador de Tóquio Shintaro Ishihara, que agora lidera o Partido para a Restauração do Japão, terceira principal força política na câmara baixa.
Como chanceler, Abe optou por Fumio Kishida, de 55 anos, em um momento em que as relações com China e Coreia do Sul não vivem seus melhores dias por causa de disputas territoriais.
Kishida foi anteriormente ministro de Estado a cargo dos chamados territórios do Norte, um conjunto de ilhas na parte setentrional do arquipélago cuja soberania o Japão reivindica à Rússia.
Abe não designou nenhuma mulher à frente de algum dos 12 principais ministérios, mas nomeou Tomomi Inada, de 53 anos, como ministra de Reformas Administrativas, e Masako Mori, de 48, como ministra de Natalidade. EFE
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