WASHINGTON (Reuters) - Um importante assessor científico do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu demissão na segunda-feira depois que surgiram alegações de que ele havia intimidado e humilhado funcionários.
Eric Lander, que atua como diretor do Escritório de Política Científica e Tecnológica, foi alvo de uma análise interna depois que subordinados reclamaram sobre o tratamento dado a eles. A análise foi relatada pela primeira vez pelo site Politico na segunda-feira e confirmada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
"Estou devastado por ter magoado colegas do passado e do presente pela maneira como falei com eles", disse Lander na carta de demissão enviada a Biden.
Ao observar que buscou pressionar a si mesmo e aos colegas às vezes "desafiando e criticando", ele reconheceu que "as coisas que eu disse, e a maneira como as disse, às vezes cruzaram a linha de serem desrespeitosas e humilhantes".
As alegações contra Lander ocorrem após Biden assumir o cargo prometendo adotar uma linha dura sobre qualquer desrespeito entre membros de seu governo e virar a página da retórica irônica de seu antecessor, Donald Trump.
"Se você estiver trabalhando comigo e eu ouvir você tratar outro colega com desrespeito, diminuir alguém, eu prometo a você que vou demiti-lo na hora... sem se, e ou mas", disse Biden a indicados políticos durante uma cerimônia de posse.
"Todo mundo tem o direito de ser tratado com decência e dignidade", disse ele à época.
Quando perguntada sobre as alegações contra Lander na segunda-feira, Psaki condenou o comportamento de Lander.
"Além da investigação completa e minuciosa, foi transmitido diretamente por meio de reuniões a autoridades da Casa Branca que seu comportamento era inadequado", disse ela.
"Nada sobre o comportamento dele é aceitável para qualquer um aqui --de jeito nenhum", acrescentou ela.
Lander disse que sua demissão deve entrar em vigor até 18 de fevereiro.
(Reportagem de Alexandra Alper e Andrea Shalal)