Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

BC endurece mensagem sobre impacto de piora fiscal em orientação futura para Selic

Publicado 03.11.2020, 08:22
Atualizado 03.11.2020, 09:10
© Reuters. Prédio do Banco Central em Brasília

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central endureceu nesta terça-feira sua mensagem sobre o eventual espaço para cortar a taxa básica de juros, atualmente na mínima histórica de 2% ao ano, ao mesmo tempo em que frisou estar atento à piora do quadro fiscal e suas implicações para a política monetária, independentemente da manutenção nominal do regime do teto de gastos.

As sinalizações constam em ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira.

Na semana passada, quando o BC manteve a Selic no atual nível, parte significativa do mercado se frustrou com a comunicação adotada, interpretando que a autarquia, apesar de reconhecer uma pressão inflacionária mais forte no curto prazo, havia mantido sua orientação futura (forward guidance) e a porta aberta para eventual corte nos juros básicos à frente.

Sobre o forward guidance, o BC vem explicitando desde agosto que não pretende elevar a Selic a menos que as projeções e expectativas de inflação fiquem suficientemente próximas da meta. Para que essa orientação siga de pé, o Copom afirma que é necessário que o regime fiscal seja também mantido.

Nesta terça-feira, o BC reiterou que essas condições seguem satisfeitas, mas destacou que "alterações de política fiscal que afetem a trajetória da dívida pública ou comprometam a âncora fiscal motivariam uma reavaliação, mesmo que o teto dos gastos ainda esteja nominalmente mantido".

"Essa reavaliação seguiria o receituário do regime de metas para a inflação, sendo baseada na avaliação da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos", acrescentou.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Em outra frente, o BC buscou explicar a manutenção, em sua comunicação da semana passada, da indicação de que “o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.

A não retirada desse trecho foi vista por parte dos agentes como uma sinalização de porta ainda aberta para eventual corte na Selic, ainda que as condições inflacionárias e os temores fiscais tenham piorado da reunião anterior do Copom, em setembro, para cá.

Na ata, a autoridade monetária buscou esclarecer que a frase, na verdade, "está ligada às restrições de caráter prudencial para movimentos de redução da taxa básica de juros e, portanto, precisa ser mantida na comunicação".

O BC indicou ainda que a discussão sobre um potencial limite efetivo mínimo para a Selic foi retomada pelo Copom, sendo que a maioria dos membros do colegiado avalia que "já estaríamos próximos do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos preços de ativos".

O BC pontuou que, considerando o histórico da economia brasileira operando com a Selic em nível elevado, os juros baixos sem precedentes "podem comprometer o desempenho de alguns mercados e setores econômicos, com potencial impacto sobre a intermediação financeira".

ATIVIDADE E INFLAÇÃO

Sobre a recuperação econômica, o BC destacou que os dados recentes seguem sugerindo um movimento desigual, com retomada relativamente forte no consumo de bens duráveis e do investimento, mas fraqueza no setor de serviços. Aqui também o BC destacou preocupação com o cenário fiscal.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

"Prospectivamente, a pouca previsibilidade associada à evolução da pandemia e ao necessário ajuste dos gastos públicos a partir de 2021 aumenta a incerteza sobre a continuidade da retomada da atividade econômica", afirmou.

"O Comitê ponderou que essa imprevisibilidade e os riscos associados à evolução da pandemia podem implicar um cenário doméstico caracterizado por uma retomada ainda mais gradual da economia", complementou.

Quanto à inflação, o BC reconheceu ter elevado sua projeção para o desempenho do IPCA nos últimos meses do ano, sob o impacto da continuidade da alta nos preços dos alimentos e de bens industriais, na esteira da valorização do dólar frente ao real, além da elevação de preço das commodities e dos programas de transferência de renda.

Na visão da autoridade monetária, deve haver normalização parcial de preços ainda deprimidos com o aumento na mobilidade e do nível de atividade. Por outro lado, o BC espera reversão da "elevação extraordinária" dos preços de alguns produtos, que atribuiu à "redução provisória na oferta em conjunção com um aumento ocasional na demanda".

"Dessa forma, apesar de a pressão inflacionária ter sido mais forte que a esperada, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção", disse.

Últimos comentários

O mercado errou sua previsão de inflação. Essa política de juros reais negativos do Banco Central não está dando certo. É urgente que se revise essa política. Selic deveria estar em um patamar próximo a 5%. Seria mais equilibrado para todos.
Diz pro jegue que tem que avaliar a orientacao de dolar alto prefiro juros alto la sei que nao repassa
pega a inflação mensal da Dilmae com Juros altos e dólar artificialmente baixo (pelo carry trade). Galera se acostumou com inflação baixa do Temer e já esqueceu o que é viver em país com juros altos
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.