Por Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos vai acelerar o processo de isenção da deportação para imigrantes que estejam no país de maneira ilegal e que testemunharam ou sofreram abusos trabalhistas, informou o Departamento de Segurança Interna (DHS) nesta sexta-feira.
O processo simplificado, descrito em uma nova página da web, visa incentivar os imigrantes a cooperar com as investigações policiais e protegê-los de possíveis retaliações do empregador.
“Empregadores sem escrúpulos que exploram a vulnerabilidade de trabalhadores que não são cidadãos norte-americanos prejudicam todos os trabalhadores e prejudicam as empresas que cumprem as regras”, disse o secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, em comunicado. "Vamos responsabilizar esses agentes predatórios."
O presidente dos EUA Joe Biden, um democrata, recebeu elogios de líderes trabalhistas por seu apoio aos direitos dos trabalhadores. A ação recebeu aprovação rápida do Sindicato Internacional dos Empregados de Serviços (SEIU), que representa quase 2 milhões de zeladores, funcionários de hospitais e outros.
“O anúncio de hoje beneficia todos os nossos membros e todos os trabalhadores que lutam por melhores condições de trabalho, salários e o direito de se unirem em sindicatos”, disse a presidente internacional da SEIU, Mary Kay Henry, em comunicado.
Dezenas de imigrantes receberam isenção de deportação, conhecida como "ação diferida", nos últimos anos sob um processo existente destinado a proteger denunciantes trabalhistas, disse um alto funcionário do DHS à Reuters.
O DHS agora estará promovendo o processo de forma mais agressiva e acelerando o tempo necessário para resolver uma solicitação.
(Reportagem de Ted Hesson, em Washington)