Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A atividade industrial nos Estados Unidos subiu ao maior nível em quase 3 anos e meio em agosto, e os gastos com construção tiveram forte retomada em julho, em novos sinais de vigor na economia.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira que seu índice nacional de atividade da indústria subiu para 59,0 em agosto, a maior leitura desde março de 2011, ante 57,1 em julho.
Leitura acima de 50 indica expansão do setor industrial. Economistas esperavam recuo a 56,8. A leitura de agosto foi impulsionada por um salto no indicador de novas encomendas, que tocou o maior nível desde abril de 2004.
Separadamente, o Departamento do Comércio informou que os gastos com construção aumentaram 1,8 por cento para uma taxa anual de 981,31 bilhões de dólares, nível mais alto desde dezembro de 2008.
Os relatórios se somam a recentes dados de emprego ao pintar um quadro otimista para a economia no terceiro trimestre.
O crescimento percentual de julho nos gastos de construção foi o maior desde maio de 2012 e refletiu ganhos em todas as categorias, com exceção do governo federal.
O aumento seguiu-se à queda de 0,9 por cento em junho, em números revisados.
Para julho, economistas haviam projetado aumento de 1,0 por cento, após queda de 1,8 por cento em junho, segundo os números originalmente divulgados.
Os gastos em construção em julho foram sustentados pelo salto de 3,4 por cento em projetos de governos estaduais e locais, que elevaram as despesas ao maior nível desde junho de 2012. O aumento das despesas de governos estaduais e locais, que foi o maior desde abril de 2013, compensou a queda de 1,1 por cento dos gastos do governo federal em projetos de construção.
A construção privada, maior fatia dos gastos de construção, avançou 1,4 por cento ao maior nível desde novembro de 2008. Os gastos com construção de residências privadas subiram 0,7 por cento, uma vez que o início de construções de moradias se recuperou.
O investimento em estruturas privadas não residenciais, como fábricas e gasodutos, saltaram 2,1 por cento em julho ao maior nível em cinco anos.
(Por Lucia Mutikani)