Investing.com - Os EUA criaram 4,77 milhões de empregos em junho, de acordo com a folha de pagamentos não-agrícolas divulgado pelo Departamento de Trabalho. Consenso era criação de 3 milhões de postos de trabalho. O número veio melhor do que em maio, quando houve a recuperação de 2,5 milhões após uma queda histórica de 20,687 milhões em abril.
A taxa de desemprego no mês passado ficou em 11,1%, ante expectativa de 12,3%. Junto com dados de gastos do consumidor, o relatório mostra uma forte recuperação da atividade.
Os números refletem a situação antes do retorno do avanço de casos de coronavírus nos EUA, quando houve retomada das operações de bares e restaurantes. Desde a semana passada, o processo de reabertura está diminuindo ou sendo interrompido em Estados que tiveram volta do aumento de infectados, como Califórnia, Flórida e Texas. Os dados de emprego não identificaram esse processo, pois o governo pesquisou empresas no meio do mês.
No entanto, os pedidos iniciais de seguro-desemprego vieram acima da expectativa do mercado. 1,427 milhões de americanos solicitaram o benefício semana passada, enquanto o mercado esperava 1,35 milhões.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta semana reconheceu a recuperação da atividade, dizendo que a economia "entrou em uma nova fase importante e (o fez) antes do esperado". Mas ele alertou que a perspectiva "é extraordinariamente incerta" e dependeria de "nosso sucesso em conter o vírus".
"À medida que a economia está reabrindo, muitos dos empregos perdidos voltaram e a atividade também está voltando", disse Steven Blitz, economista-chefe dos EUA na TS Lombard, em Nova York. "O problema é que o vírus ainda tem uma grande influência na determinação da trajetória da recuperação".
- Com contribuição de Reuters