Fundos de investimento têm captação líquida de R$ 16,7 bi em julho, mostra Anbima

Publicado 07.08.2025, 12:55
Atualizado 07.08.2025, 16:10
Fundos de investimento têm captação líquida de R$ 16,7 bi em julho, mostra Anbima

Os fundos de investimento apresentaram captação líquida de R$ 16,7 bilhões em julho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 7, pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O volume é inferior ao de junho, quando as entradas alcançaram R$ 36 bilhões. No acumulado do ano, os fundos têm captação líquida de R$ 25,9 bilhões. O patrimônio líquido da indústria está em R$ 9,7 trilhões.

A captação foi impulsionada pelos fundos de renda fixa, que seguem se beneficiando da taxa de juros brasileira, atualmente no nível mais alto em quase duas décadas. Essa categoria registrou entradas líquidas de R$ 21,2 bilhões em julho, um avanço em relação aos R$ 10,8 bilhões observados em junho.

"A decisão do Copom de manter a Selic em patamar elevado contribui para a continuidade de uma estratégia mais conservadora entre os investidores. Nesse contexto, os fundos de renda fixa devem seguir como principal motor de crescimento e estabilidade da indústria", afirmou Pedro Rudge, diretor da Anbima, em nota.

Dentro da categoria de renda fixa, os fundos do tipo Duração Livre Crédito Livre (que podem alocar mais de 20% da carteira em títulos de crédito de médio e alto risco, no Brasil ou no exterior) continuam a concentrar os maiores aportes, com captação líquida positiva de R$ 14,6 bilhões.

Já na ponta negativa, os fundos de ações lideraram as retiradas no mês, com saída líquida de R$ 5 bilhões, o maior volume entre todas as categorias e posição que vinha até então sendo ocupada pelos multimercados. Apesar disso, o montante é inferior ao registrado em junho, quando os resgates líquidos somaram R$ 6 bilhões.

Os multimercados, por sua vez, tiveram saídas líquidas de R$ 1,1 bilhão em julho, frente aos R$ 7,3 bilhões do mês anterior, indicando uma desaceleração nos resgates. No acumulado do ano, no entanto, essa categoria ainda lidera em retiradas, com captação líquida negativa de R$ 75,9 bilhões.

Nos fundos de ações, os do tipo livre (que não seguem uma estratégia específica) concentraram as maiores saídas líquidas em julho, de R$ 3,2 bilhões. Entre os multimercados, os do tipo macro lideraram os resgates, com saídas de R$ 1,8 bilhão.

Entre os demais tipos de veículo, os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) tiveram captação líquida de R$ 2,7 bilhões. Os fundos de investimento em participações (FIPs) registraram entradas líquidas de R$ 268,1 milhões, enquanto nos fundos cambiais a captação líquida totalizou R$ 149,3 milhões. Já os fundos de previdência tiveram saldo positivo de R$ 40,4 milhões. Por outro lado, os fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) apresentaram resgates líquidos de R$ 1,5 bilhão.

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