Por Muyu Xu e Chen Aizhu
PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) - As importações de petróleo pela China em junho cresceram em um terço na comparação com mesmo período do ano passado, estabelecendo um segundo recorde mensal consecutivo, com a chegada de carregamentos comprados após os preços desabarem em abril.
A China, maior importadora global de petróleo, recebeu 53,18 milhões de toneladas em junho, o equivalente a 12,9 milhões de barris por dia, de acordo com números da Administração Geral de Alfândegas.
O desempenho superou facilmente o recorde anterior, de 11,3 milhões de bpd em maio, e representou alta de 34% ante os 9,63 milhões de bpd em junho de 2019.
No primeiro semestre de 2020, a China importou um total de 268,75 milhões de toneladas de petróleo, segundo os dados, o equivalente a 10,78 milhões de bpd, alta de 9,9% na comparação com mesmo período do ano anterior.
As chegadas recorde em junho acontecem após compras de barganha por refinarias da China quando os preços do petróleo entraram em colapso em abril, em meio à pandemia de coronavírus.
Instalações de armazenamento de petróleo nos principais portos estão quase cheias, e representantes de portos e operadores esperam que o congestionamento causado pelos desembarques recorde continue em julho.
Analistas disseram que as importações de petróleo pela China devem perder força no terceiro trimestre, à medida que uma recuperação nos preços do petróleo enfraquece a demanda e com refinarias em alerta quanto à possibilidade de uma segunda onda de coronavírus.
(Por Chen Aizhu em Cingapura e Muyu Xu em Pequim)