Investing.com – Após decisão da taxa de juros nesta semana, as atenções estão voltadas para a divulgação do indicador de inflação oficial do país, sendo que a expectativa de consenso indica uma variação mensal em torno de 0,35%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril nesta sexta-feira, 10.
Em março, a inflação havia desacelerado para uma alta de 0,16%. Assim, o indicador em doze meses está atualmente em 3,93%, enquanto a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com intervalo tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Se a projeção consensual se concretizar, o índice cairia para 3,66%.
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Prévia teve impulso de alimentação e bebidas – serviços devem ser monitorados
A prévia da inflação (IPCA-15) ficou em 0,21% em abril, após variação de 0,36% em março, com resultado impulsionado por alimentação e bebidas, segundo o IBGE. O grupo apresentou expansão de 0,61%, enquanto o setor de transportes registrou a única queda, com baixa de 0,49%.
A inflação de serviços deve ser olhada de perto, de acordo com Rafael Cardoso, economista-chefe da Daycoval Asset, com sazonalidade ajudando o headline a ficar mais baixo ao longo do ano, com inflação corrente ainda considerada como comportada. Cardoso estima 0,30% para o indicador mensal.
“Desde o começo do ano, alguns fatores não tendem a se repetir para a inflação dos próximos meses, principalmente relacionados ao El Niño, na parte de alimentação, e a de serviços bancários, dentro de serviços”, avalia.
Felipe Lacs Sichel, economista-chefe da Porto Asset, que estima uma variação mensal de 0,39%, concorda que a inflação dos serviços subjacentes deve ser monitorada de perto, pois estes estariam “correlacionados com ciclo econômico, com o mercado de trabalho, que segue aquecido”.
Copom reduziu ritmo de cortes na Selic nesta semana
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa de juros básica da economia brasileira nesta quarta, mas em ritmo menor do que o anterior, com Selic saindo de 10,75% para 10,5%. Antes, os cortes eram de meio ponto percentual, mas o colegiado, dividido, optou por 0,25 ponto percentual na última decisão. Entre os motivos citados, além da piora no cenário externo, com ajustes nas perspectivas sobre um eventual início do ciclo de cortes nos juros nos Estados Unidos, estavam a desancoragem das expectativas inflacionárias. O último Boletim Focus do Banco Central aponta para uma inflação de 3,72% ao final de 2024 e 3,64% para o próximo ano. Os valores estariam dentro do limite tolerado, mas acima do centro da meta.
Paulo Gala, professor na FGV/SP e economista-chefe do Banco Master, que espera entre 0,10% e 0,20%, reforça que as projeções inflacionárias para este ano não indicam inflação dentro do centro da meta, o que demandaria ainda uma política monetária contracionista. “O pior já passou, daquele janeiro e fevereiro que teve muita sazonalidade, incluindo mensalidades, então acho que não deve ter nenhum item que deve se destacar do lado negativo”, acredita Gala.
Sichel destaca que a atuação do Copom não está relacionada à inflação dos próximos três meses, que estaria “praticamente contratada”, ou será afetada por itens que fogem à atuação do colegiado, como possíveis riscos em alimentos devido aos eventos climáticos no Sul.
“O Copom está mirando de três a seis trimestres à frente, e ele tem motivo para crer que a pressão inflacionária é maior”, conclui Sichel, citando a desancoragem das expectativas inflacionárias para os próximos anos reveladas pelo Focus.
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