SÃO PAULO (Reuters) - Analistas consultados pelo Banco Central fizeram pequenos ajustes para cima em suas projeções para a inflação neste ano e no próximo, deixando inalteradas as perspectivas para a política monetária.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA aumentou em 0,01 ponto percentual tanto para 2024 quanto para 2025, respectivamente a 3,82% e 3,51%.
No caso de 2025, foi a primeira mudança na estimativa depois de 28 semanas em 3,50%. Para os dois anos seguintes a estimativa para a inflação segue em 3,50%.
O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Dados divulgados na semana passada mostram que a inflação no Brasil desacelerou em janeiro a 0,42% mas ficou acima da expectativa, levantando sinais de alerta para o peso dos preços dos alimentos e de serviços.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve alterações nas perspectivas para a taxa básica de juros, com a Selic novamente calculada em 9,0% em 2024 e 8,50% em 2025.
Atualmente ela está em 11,25% e o mercado vê novo corte de 0,5 ponto percentual na reunião de março do Comitê de Política Monetária, como indicado pelo Banco Central.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento seguem em 1,60% e 2,00% respectivamente para este ano e o próximo.
(Por Camila Moreira; Edição de Luana Maria Benedito)