Paris, 22 fev (EFE).- O ministro francês de Finanças, Pierre Moscovici, pediu nesta sexta-feira "respostas coletivas" perante a crise vivida pelos países da zona do euro e insistiu que, embora tenha superado "a crise existencial, a econômica continua sendo aguda".
"É um marasmo coletivo que necessita de respostas coletivas", disse Moscovici em entrevista coletiva, na qual ressaltou que a economia francesa é uma das da zona do euro que "foi menos maltratada".
Assim, Moscovici lembrou que enquanto - de acordo com Bruxelas - o Produto Interior (PIB) da França crescerá 0,1% em 2013 (abaixo do 0,8% que seu Governo calculava até agora), o conjunto da zona do euro cairá 0,3% e, em particular, "Espanha e Itália seguirão tendo um ano de profunda recessão".
O minitro insistiu que os dados da Comissão Europeia sobre o crescimento da França neste ano e seu déficit (3,7% ao invés de 3% que Paris tinha marcado como meta) não incorporam as medidas de economia já programadas por seu Executivo, mas pendentes de detalhar.
Em qualquer caso, o ministro opinou que "a deterioração da situação econômica é geral, não se limita à zona do euro", mas afetou outras grandes potências como os Estados Unidos e Japão.
Moscovici reiterou que "nada é mais falso" do que a ideia de que França é "o elo débil" da zona do euro.
Com relação a isso, o ministrou falou sobre o relatório da agência de qualificação Standard and Poor's que modifica a perspectiva negativa sobre a França porque agora estima que a competitividade das empresas se transformou em um alvo prioritário do Governo.
Para o ano de 2014, Moscovici se mostrou convencido de que "é possível" melhorar o crescimento de 1,2% que a Comissão Europeia antecipa para a França porque estão "sendo realizadas reformas indispensáveis". EFE