Investing.com – As ações da estatal de petróleo Petrobras (BVMF:PETR4) recuavam em torno de 3% nesta segunda-feira, 29, iniciando a semana em baixa diante de dia desfavorável para a commodity e receios sobre a política de dividendos, após notícias de oferta para um campo na Namíbia. As atenções ainda estão voltadas ao relatório de produção e vendas do segundo trimestre, que será divulgado após o fechamento de mercado.
Às 14h39 (de Brasília), as ações ordinárias caíam 2,94%, a R$39,65. Enquanto isso, as ações preferenciais recuavam 2,50%, a R$36,69. Os futuros do petróleo Brent perdiam 1,71%, a US$78,91 o barril, enquanto os do petróleo WTI registravam baixa de 1,92%, a US$75,68.
"O preço do petróleo é um indicador crucial para a lucratividade da companhia, e qualquer flutuação negativa tende a afetar diretamente o valor de suas ações", disse em nota Frederico Nobre, head de análises da Warren Investimentos.
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O relatório de produção e vendas trará indicativos para o balanço da companhia, que será apresentado em 08 de agosto. Do ponto de vista operacional, a companhia deve apresentar resultados fortes, entende Sérgio Cachoeira, analista confundador da Be RAP Research
“É importante lembrar que os volumes do último trimestre foram impactados por paradas de manutenção programadas na Bacia de Campos e Bacia de Santos, o que deve se normalizar no trimestre corrente. Adicionalmente, vimos o nível de dólar e petróleo bastante altos no trimestre, o que deve incrementar os resultados operacionais”, aponta Cachoeira.
Mesmo assim, o desempenho da ação deve ser afetado negativamente por notícias sobre possível compra na Namíbia. A companhia teria realizado uma oferta não vinculante para comprar participação majoritária no Campo de Mopane, na Namíbia, segundo a agência de notícias Reuters. Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da estatal, afirmou em entrevista que a oferta de aquisição envolve o bloco PEL-83 da Galp, que poderia valer US$ 10 bilhões.
“Vale o destaque que projetos do tipo não tiveram bons históricos de retornos para o acionista da Petrobras, o que causa uma aversão natural à projetos em geografias como a África”, completa o analista.
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