ONS volta a elevar projeção de demanda por energia em setembro apesar de pandemia

Publicado 18.09.2020, 13:18
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SÃO PAULO (Reuters) - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) voltou a elevar projeções para a demanda por eletricidade no Brasil em setembro, apesar de o país ainda sofrer com impactos da pandemia de coronavírus.

O órgão do setor de energia projetou que a carga do sistema elétrico interligado do país deve avançar 3,4% na comparação anual neste mês, em meio à gradual reabertura da economia depois de medidas de isolamento adotadas contra a Covid-19, segundo relatório nesta sexta-feira.

Na semana anterior, a previsão era de que o consumo cresceria 2,1% ante setembro do ano passado.

Os números do ONS incluem expectativas de um forte salto de 7,1% na carga na região Sul e de avanço de 5% no Norte do país, enquanto o Sudeste veria crescimento menor, de 3,3%, e o Nordeste seria a única região com retração, de 0,6%.

Antes, o ONS esperava aumento maior no Norte, de 5,4%, mas desempenhos piores no Sul (+5,8%) e no Sudeste (+1,3%), enquanto a previsão para o Nordeste ficou praticamente estável.

O consumo de eletricidade no Brasil desabou 12% em abril, primeiro mês marcado por quarentenas decretadas por governos estaduais e prefeituras para conter a disseminação do coronavírus.

Nos meses seguintes houve gradual recuperação, com a carga retornando para os níveis pré-pandemia nos últimos dois meses, segundo números prévios da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Se confirmada a projeção do ONS, no entanto, setembro marcaria o primeiro mês de avanço mais significativo na carga em comparação ano a ano.

CHUVAS

O órgão do setor de energia previu ainda que chuvas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do Brasil, somarão em setembro 69% da média histórica no Sudeste-Centro/Oeste, onde estão os principais reservatórios. Na semana anterior, a expectativa era de 72%.

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No Nordeste, segunda região em reservatórios, as precipitações devem chegar a 68% da média, sem alterações frente à previsão anterior, segundo o ONS.

(Por Luciano Costa; edição de Roberto Samora)

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