FRANKFURT (Reuters) - A inflação da zona do euro pode retornar à meta de 2% do Banco Central Europeu mais cedo do que se pensava e provavelmente ficará em torno desse nível até mesmo no longo prazo, mostrou uma nova pesquisa do BCE nesta sexta-feira.
O BCE reduziu as taxas de juros pela terceira vez este ano na quinta-feira devido à moderação das pressões dos preços, e os investidores agora veem cortes nos juros em cada uma de suas próximas quatro ou cinco reuniões, uma vez que a inflação está perto de 2%.
Os economistas da Pesquisa de Analistas Profissionais do BCE agora veem a inflação no próximo ano em 1,9%, abaixo dos 2% previstos há três meses, e preveem que ela se manterá em 1,9% em 2026.
Isso é um pouco mais rápido do que a própria previsão do BCE, que coloca a inflação de volta na meta apenas no último trimestre de 2025 e vê a média do ano em 2,3%.
No longo prazo, definido como 2029, a inflação é estimada em 2,0%, exatamente na meta do BCE.
O banco passou os últimos três anos combatendo o pior surto de inflação em mais de uma geração, mas algumas autoridades agora acham que existe um risco realista de que a inflação volte a ficar abaixo de 2%.
As previsões para a inflação subjacente, uma das principais preocupações das autoridades devido ao rápido crescimento dos preços dos serviços, permaneceram inalteradas em 2,2% em 2025 e 2,0% em 2026.
A pesquisa, usada para as deliberações de política monetária do BCE, também previu um crescimento econômico de 1,2% no próximo ano, abaixo da taxa de 1,3% observada anteriormente, que então se aceleraria para 1,4% no ano seguinte.
O desemprego também deve ficar relativamente estável, mantendo-se em 6,5% no próximo ano e caindo para 6,4% em 2026, segundo a pesquisa.
(Reportagem de Balazs Koranyi)