WASHINGTON (Reuters) - A votação do Reino Unido para deixar a União Europeia pode representar um novo empecilho para a economia dos Estados Unidos num momento em que impulso do mercado de trabalho norte-americano pode está desacelerando, disse o diretor do Federal Reserve Jerome Powell na terça-feira.
Nos primeiros comentários de um formulador da política monetária do banco central dos EUA sobre o referendo britânico da semana passada, Powell disse que a decisão do Reino Unido de abandonar o bloco europeu deslocou os riscos globais "para o lado negativo", potencialmente representando uma nova ameaça para as perspectivas do Fed.
As autoridades do Fed descartaram uma elevação da taxa de juros em junho para aguardar o resultado da votação britânica e a possível turbulência nos mercados globais. Com a vitória inesperada da campanha pela saída britânica, muitos economistas e analistas agora esperam que o Fed mantenha as taxas de juros até mais tarde no ano, se não mais, enquanto os termos de saída britânica são negociados, e o impacto no comércio global, nos investimentos e nas moedas seja analisado.
"Por algum tempo, os principais riscos para as perspectivas (dos EUA) têm sido do exterior" disse Powell, que tem um assento permanente no comitê de política monetária do Fed, em comentários preparados para serem feitos no Conselho de Chicago para Assuntos Globais. "O voto Brexit tem o potencial de criar novos ventos contrários para as economias ao redor do mundo, incluindo a nossa."
"É demasiado cedo para avaliar os efeitos da votação Brexit. À medida que a perspectiva global evolui, será importante avaliar as implicações para a economia dos EUA, e para a orientação da política."
Ele disse que o Fed está a pronto para agir se surgirem pressões sobre a liquidez e financiamentos, mas que até agora os "mercados têm funcionado de uma forma ordenada."
((Tradução Redação São Paulo, +5511 56447719))
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