🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Procon e OAB pedem a Guedes monitoramento das exportações após salto em itens da cesta básica

Publicado 08.09.2020, 19:03
Atualizado 08.09.2020, 19:05
© Reuters. .
ZS
-

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A Associação Brasileira de Procons pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o monitoramento das exportações para garantir o abastecimento interno após o aumento das vendas para o exterior ter sido apontado como um dos fatores para o expressivo aumento recente de preços de produtos da cesta básica.

Em carta encaminhada ao ministro, a entidade, em conjunto com a Comissão de Defesa do Consumidor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e com a Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor, chamou atenção para o "aumento significativo" nos preços de arroz, feijão, leite, óleo de soja e carne.

"Estão chegando inúmeras reclamações de consumidores de todas as cidades e estados do país quanto a aumentos de mais de 80% em alguns produtos, a exemplo do pacote de arroz de 5kg, que já atinge a cifra de trinta reais em algumas localidades", disse a carta, da última sexta-feira.

Sobre o arroz, a carta menciona ainda preocupação com manifestações da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e da Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz) sinalizando a alta de mais de 30% no custo da matéria-prima, além do reajuste já ocorrido em decorrência do aumento da demanda no início da pandemia de coronavírus.

"São fatores para formação de cenário ainda mais preocupante, com dimensionamento a ser estudado, também, o momento de elevada alta do dólar, o consequente favorecimento à exportação, o provável desabastecimento do mercado interno, a elevação generalizada dos preços e a crise econômica agravada ao nível de descontrole do mercado", traz o documento.

A carta faz um apelo para que haja "acompanhamento e monitoramento dos mercados, com adoção de medidas adequadas que garantam a defesa do consumidor, através do reequilíbrio entre as exportações e abastecimento do mercado interno".

Segundo dados do Ministério da Economia, as exportações de arroz sem casca, processado pela indústria de transformação, subiram 58,1% este ano até agosto na comparação com o mesmo período de 2019, totalizando 276,9 milhões de dólares.

As exportações para a África do Sul entraram no mapa, tendo chegado a 9,6 milhões de dólares, ante nenhuma venda em igual período do ano passado. As vendas para os Estados Unidos também subiram 233,2%, a 18 milhões de dólares.

Os principais destinos das vendas do produto brasileiro, contudo, foram Peru (42,6 milhões de dólares) e Venezuela (35,6 milhões de dólares). Para o Peru, as exportações subiram 28,9% e para a Venezuela, 165,5%.

As importações de arroz processado, por outro lado, caíram 11,4% nos oito primeiros meses do ano, a 135,6 milhões de dólares.

© Reuters. .

As vendas de arroz com casca, produto ligado à agropecuária, também cresceram no período, e num ritmo ainda mais acelerado: 163,7% sobre igual etapa de 2019, a 130,3 milhões de dólares. As importações recuaram 18,3% na mesma base, a 10,1 milhões de dólares.

Nesse caso, a Venezuela foi a principal compradora, com alta de 9,2%, a 47,7 milhões de dólares. Mas o maior salto foi observado nas vendas de arroz com casca à Costa Rica, com alta de 594,5% sobre janeiro a agosto de 2019, a 28,8 milhões de dólares.

Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo estuda medidas, por meios dos ministério da Economia e da Agricultura, para dar uma resposta à disparada nos preços de alimentos nos mercados, mas descartou qualquer tipo de tabelamento e reiterou que tem feito um apelo aos empresários do setor para que diminuam a margem de lucro.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.