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Selic pode perder eficácia com dívida alta; entenda

Publicado 18.11.2020, 04:02
Atualizado 18.11.2020, 08:58
© Reuters.  Selic pode perder eficácia com dívida alta

O aumento substancial da dívida pública, a manutenção dos juros no seu piso histórico de 2% ao ano, mesmo com inflação em aceleração, e a desconfiança cada vez maior de que o País está à beira de um "populismo fiscal" realimentaram o debate sobre o risco de dominância fiscal no Brasil.

LEIA MAIS: Atacado pressiona e IGP-M acelera alta a 3,05% na 2ª prévia de novembro, diz FGV

O tema é árido e pouco conhecido fora das rodas de debate econômico, mas tem repercussão direta no bolso dos brasileiros. Numa situação de dominância, as ferramentas que o Banco Central tem para controlar o avanço dos preços, entre elas a Selic, perdem potência, e seu uso pode até mesmo provocar o efeito inverso de impulsionar a inflação, dado o impacto que teriam no aumento do custo do endividamento da União.

Na dominância fiscal, é como se o BC estivesse numa encruzilhada. Se eleva os juros para conter a alta de preços, traz problema ao Tesouro Nacional, elevando ainda mais o endividamento e, no limite, abrindo a porta para mais inflação. Se não faz nada, a inflação pode ganhar força de qualquer maneira.

O diagnóstico atual é que o Brasil ainda não vive essa situação, considerada o pior dos mundos pelos economistas, uma vez que a aceleração da inflação força um ajuste fiscal pelo lado mais perverso: corroendo o poder de compra de famílias, sobretudo de menor renda. Mas os economistas alertam que é preciso agir com firmeza para mostrar compromisso com o ajuste nas contas públicas e fugir desse caminho.

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A fotografia das finanças e do cenário político trouxe à tona a preocupação com a dominância, que já foi tema de debate na transição entre os governos FHC e Lula e em 2015/2016, no auge da crise durante o governo Dilma Rousseff. Tanto em 2002 quanto em 2016, as incertezas se dissiparam após sinalizações de compromisso com medidas de ajuste.

A perspectiva hoje é de que a dívida bruta do governo termine o ano em 96% do PIB e passe dos 100% em 2025, segundo o Tesouro, sendo que dois terços têm custo diretamente atrelado à Selic, a taxa básica de juros. O BC, por sua vez, tem sido cada vez mais cobrado a alterar sua prescrição futura para os juros, indicando possível aumento da Selic, diante da aceleração dos preços de matérias-primas e insumos para a indústria.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem reforçado em seus discursos a necessidade de ter "disciplina fiscal". "É responsabilidade de todos entender que temos agora um problema", disse ontem em entrevista à GloboNews.

O economista Carlos Kawall, diretor do Asa Bank e ex-secretário do Tesouro Nacional, explica que, numa situação de dominância, a própria alta da taxa de juros se torna contraproducente porque eleva ainda mais a dívida e amplia a desconfiança em relação ao problema fiscal. "Aí, a única solução é deixar a taxa de juros mais baixa, de tal forma que a inflação ao final se torne a maneira de ajustar as contas públicas."

Já o economista José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre/FGV e ex-diretor do Banco Central, alerta que só manter o teto não resolve. "Não adianta atacar um ou dois elementos da despesa, tem de ser 'arrasa quarteirão'. Frear as quatro rodas."

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O economista Fabio Terra, professor da Universidade Federal do ABC e diretor da Associação Keynesiana Brasileira (AKB), entende que a dominância fiscal seria uma "hipótese exagerada". "Hoje nem sequer temos dinâmica inflacionária para se falar de dominância fiscal ocorrendo", avalia.

Para o economista Roberto Ellery, professor da Universidade de Brasília, há risco de o Brasil chegar a uma situação de dominância fiscal. "A dívida está subindo muito, e não está claro como vai ser o próximo ano. As pessoas podem começar a achar que a dívida pode sair de controle, e isso abre a porta para a dominância fiscal."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Ate quando nossos representantes vao fazer vista grossa para o que realmente importa e deixar de fazer politicagem. Quem paga a conta somos nós!
Infelizmente, é muita política e pouca resolutividade!... Engraçado, se podemos dizer assim, é que toda a massa administrativa, principalmente, Legislativo e Judiciário dependem e muito da GALINHA DOS OVOS DE OURO, mas, matar a galinha, significa não ter mais ovos!... A porta de saída do aumenta e a porta de entrada já está ficando sem condições de acompanhar a porta de saída!... Se a previsão da dívida ficar acima de 100% DO PIB é 2025, apertem os cintos, pois 2025 já bate à porta!
Os subsídios dos barões ninguém quer cortar, né?! é mais fácil tascar ajuste em Dona Maria e no seu Zé que são os "parasitas" da nação.
Isso se resolve facil é so votar a reforma administrativa , que o vagab..do Maia engavetou, que o problema esta 50% resolvido. Agora ler que tem gente pedindo para o PT voltar e que mata minhas esperanças.
Precisamos pensar que a taxa de juros baixa não e atrativa para incrementar a entrada do capital estrangeiro no país que consequentemente reduzirá está disproporcionalidade exacerbada de valores do câmbio Dólar/Real, aumentando a circulação de dinheiro no país , que e o que precisamos. Está parte do déficit público para mim e uma questão de vergonha e de coragem do poder público em tomar a decisão de "cortar na carne" o excesso de gastos e fazer o dever de caso que não está sendo feito por questão de conveniência própria deste sistema remanescente e ultrapassado de "Capitanias Hereditarias" que ainda perdura no Brasil.
As moedas nacionais, aos poucos, estão caindo em descrédito. Enquanto isso o bitcoin voa.
Algum de vocês consegue por gentileza descriptografar esse raciocínio cuja conclusão é de que (i) o aumento da dívida pública *IMPLICA* (ii) no aumento da inflação?
Mas dinheiro que o governo vai pagar em forma de jurus nos tesouro direto, aí mais dinheiro nas ruas
As moedas nacionais, aos poucos, estão caindo em descrédito. Enquanto isso o bitcoin voa.
Qualquer pessoa que tenha boa fé e o mínimo de conhecimento sabe que o problema da inflação não é a taxa Selic baixa e sim o dólar alto (depreciado artificialmente pelo Banco Central principalmente através das operações de SWAP, visando lucro e não a estabilidade do poder de compra).
Novamente, o mantra fiscalista dos economistas ortodoxos que só existe no Brasil. A economia está em pandarecos, desemprego massivo, e os caras vem falar de inflação e ajuste fiscal. Continuam a reproduzir esse terraplanismo econômico, enquanto países no mundo inteiro estão realizando políticas expansionistas para resgatar a atividade produtiva, a renda e os empregos.
e não foi exatamente isso que a Dilma fez ?
Foi exatamente isso que a Dilma fez.
não, não foi exatamente isso que a Dilma fez. Foi isso que ela prometeu fazer na campanha eleitoral. Porém, como sabemos bem, ela cometeu um estelionato eleitoral e implantou a política econômica contracionista que era o compromisso de campanha do adversário dela. Tanto que ela colocou o Levy lá, e não um economista keynesiano.
As intenções tendenciosas sendo replicada todo dia.
As intenções tendenciosas sendo replicada todo dia.
colocou globo, pode desconsiderar...perdeu tempo fazendo a matéria.
Aos bocós de plantão...A inflação não era por causa do dólar?Observem o movimento inverso.Atencão para o pacote americano e sua descontrolada pandemia, por fim veja as reformas brasileiras passando na marra no congresso...dólar 5,10
Entendi nada.
para resumir o artigo, as ferramentas que o banco central usa para conter a inflação (como a taxa Selic) poderá não ser eficaz para conter a inflação na meta
para resumir o artigo, as ferramentas que o banco central usa para conter a inflação (como a taxa Selic) poderá não ser eficaz para conter a inflação na meta
para resumir o artigo, as ferramentas que o banco central usa para conter a inflação (como a taxa Selic) poderá não ser eficaz para conter a inflação na meta
Ag. Estadão? Pode desconsiderar sāo tendenciosos !!
Nada de pânico. A estatal BC com o estagiário do Jegues já falou que está tudo tranquilo e que o desgoverno do mico está voando. Inflação de 30% ao ano, dólar a 5.50, desemprego, descrédito no exterior, nada disso é problema enquanto houver capim no pasto
Resumindo o texto incita um segundo blecaute na bolsa rs, devem estar comprados em put
Acabaram com o tripe macroeconomico ... e logo acabam com o Brasil ...
Acabaram com o tripe economico mesmo, aquela farsa que mantinha o juros la em cima para deixar os bancos cada vez mais ricos com o nosso dinheiro! Cada ponto na selic sao bilhoes para banqueiro!
Ele acabou de escrever vou dar descarga!
tem que parar de dar dinheiro para banqueiros e ajudar o paii.
Bozo-guedes quebrando o Brasil. Volta PT!
agora sim... se o PT devolvesse todo o dinheiro que desviou da Petrobras e que mandou para outros países através de empreiteiras e BNDES, acredito que teria mesmo que voltar porque iria ter tanto Dinheiro que o coronavirus seria uma MAROLINHA, como disse um antigo presidente
ooo[pô! Ronaldinho Sai da "iniciativa " pública ou assessoria parlamentar e vem trabalhar de verdade!
Retardado
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