LONDRES (Reuters) - O apoio à permanência da Grã-Bretanha na União Europeia aumentou no último mês, levando a crer que uma crise na indústria do aço e os ataques em Bruxelas não fortaleceram o campo favorável à saída do bloco, de acordo com pesquisa do instituto ORB para o jornal Daily Telegraph.
A sondagem divulgada nesta terça-feira revelou que 51 por cento dos britânicos querem continuar no bloco de 28 países, enquanto 44 por cento preferem um rompimento, com 5 por cento de indecisos. O país vai decidir se continua filiado à UE em um referendo em 23 de junho.
O apoio à campanha do "fica" aumentou quatro pontos percentuais em comparação com uma pesquisa semelhante realizada no mês passado, que o diário Telegraph disse indicar que os alertas do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e de outros que querem que a Grã-Bretanha fique na UE, de que uma saída teria impacto na economia do país surtiram efeito.
"Aqueles que fazem campanha para deixarmos a Europa estão convidando o povo britânico a fazer uma escolha extraordinária – ser a primeira grande economia da história a escolher deliberadamente um relacionamento comercial de segunda categoria, e mais restritivo, para seu maior mercado", escreveu Cameron em um artigo para o jornal.
Previa-se que os ataques de militantes em Bruxelas em março, nos quais 32 pessoas morreram, e a decisão da empresa Tata Steel de pôr à venda sua fábrica deficitária no País de Gales fariam aumentar o apoio à saída do bloco, o que acabou não acontecendo, segundo o levantamento.