Por Daniel Bases
NOVA YORK (Reuters) - A Argentina e seus principais credores chegaram a um acordo de 4,653 bilhões de dólares para acertar a disputa de 14 anos sobre o calote da dívida soberana, acerto que pode ajudar o país a retornar ao mercado internacional de capitais e recuperar sua economia.
O acordo, fechado no fim de domingo e anunciado nesta segunda-feira pelo mediador nomeado pela corte de Nova York, Daniel Pollack, prevê o pagamento de 75 por cento do montante total, incluindo o valor principal e os juros, aos quatro maiores credores.
"Este é um passo gigante nesta duradoura questão, mas não é o passo final", disse Pollack em comunicado.
"O acordo está sujeito à aprovação pelo Congresso da Argentina e, especificamente, ao fim da lei de bloqueio e à lei de pagamento soberano, promulgadas na administração anterior e que barrariam tais acordos", disse ele.
A saga envolveu anos de batalhas judiciais, protestos nas ruas de Buenos Aires até a apreensão de uma embarcação naval argentina.