Por Morag MacKinnon
PERTH (Reuters) - A Austrália vai intensificar o teste para o vírus Zika no estado de Queensland, onde mosquitos Aedes foram encontrados, disseram autoridades neste sábado, acrescentando que dois novos casos entre os residentes locais foram relatados, resultado de viagens aos países afetados.
O governo de Queensland destinou 400 mil dólares australianos (283 milhões de dólares) para aumentar a capacidade laboratorial, particularmente na cidade do nordeste de Townsville, onde os testes começam em 1º de março.
Uma campanha de educação pública de 1 milhão de dólares australianos também será lançada no estado, que está em alerta máximo para qualquer entrada da doença de vizinhos da Austrália na Ásia e na região do Pacífico.
O ministro da Saúde de Queensland, Cameron Dick, disse que o Estado tinha que estar preparado para mais casos de Zika, ligados a milhares de defeitos congênitos no Brasil. Dez casos do vírus foram registrados no estado nos últimos dois anos.
Os mosquitos que transmitem Zika são mosquitos Aedes, mais comumente Aedes aegypti, que estão presentes no norte de Queensland e também transmitem a dengue.
"Nesta fase, o Zika não está em nenhum mosquitos em Queensland que estamos cientes," afirmou Dick, em entrevista coletiva.