Por Pete Sweeney e Megha Rajagopalan
PEQUIM (Reuters) - Importantes autoridades chinesas mostraram preocupação com o enfraquecimento do comércio global nesta terça-feira, destacando os temores com o aumento do protecionismo entre parceiros comerciais.
Em uma reunião em Pequim, antes da cúpula do G20 das principais economias na Turquia, eles também expressaram preocupação com os crescentes riscos geopolíticos.
"Os membros do G20 cortaram um terço de suas medidas restritivas de comércio. Isto é um progresso importante. Mas as medidas restritivas remanescentes ainda estão funcionando", disse o vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen.
Wang pediu aos outros membros do G20 para reduzir seu uso de medidas protecionistas para revigorar o crescimento global.
O vice-ministro das Finanças, Zhu Guangyao, juntamente com reguladores dos ministérios das Finanças e Comércio, reafirmou os compromissos com o fortalecimento da habilidade de instituições multilaterais de apoiar o comércio global e lutar contra as políticas protecionistas.
A China advertiu a União Europeia, pedindo que ela respeite as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e não recorra ao que considera protecionismo --tarifas antidumping dos bens feitos na China.
Mas a própria China já foi alvo de críticas que acusavam o governo de usar uma lei antimonopólio de 2008 para, injustamente, prejudicar multinacionais estrangeiras, incluindo as norte-americanas Qualcomm e Microsoft, elevando as preocupações com o protecionismo, como também com os requerimentos de transferência de implementação de tecnologia em troca de permissão de acesso ao mercado.