Por Joshua Franklin e Freya Berry
BERN/LONDRES (Reuters) - O aprofundamento da crise da dívida da Grécia levou banqueiros a fazerem uma pausa e a evitarem pânico nesta segunda-feira, com os mercados caindo com força, mas se mantendo acima das mínimas de antes da crise.
As ações da zona do euro seguiram bem cima dos níveis do início do ano, antes de o Banco Central Europeu (BCE) começar a imprimir dinheiro. E embora os custos de empréstimos de governos tenham subido em países endividados do sul da Europa --Itália, Espanha e Portugal-- eles permanecem bem abaixo das máximas alcançadas no ápice da crise em 2011/12.
"Estou firmemente convencido que não veremos a integração europeia se desfazer", disse o presidente do UBS e ex-membro do conselho do BCE, Axel Weber, em conferência bancária em Bern.
"As pessoas sentem que haverá uma solução racional. Se eu olhar para a Europa, soluções racionais sempre levam um tempo para surgir. Normalmente na Europa essas soluções racionais não são encontradas até dois minutos antes do mercado asiático abrir."
Uma série de empresas alemãs, incluindo a do setor imobiliário Ado Properties, congelaram suas estreias no mercado acionário após a Grécia chegar ainda mais perto de dar o calote --mas disseram esperar que possam relançá-las mais tarde.
"Qualquer coisa para esta semana as pessoas vão segurar. Mas é segurar e não cancelar", disse um banqueiro que trabalha com emissões do mercado acionário de Londres.