LONDRES (Reuters) - As autoridades do banco central britânico esperam que a recente queda dos preços do petróleo pese um pouco sobre a inflação nos próximos meses, mas continuam incertos sobre se o impacto será duradouro.
O Banco da Inglaterra também disse que parece que o crescimento econômico será um pouco mais lento do que anteriormente projetado.
Entretanto, a queda nos preços do petróleo pode impulsionar o crescimento econômico na Grã-Bretanha e em outras economias, disse o banco central nesta quinta-feira, ao anunciar sua decisão mensal sobre os juros, mantendo suas opções abertas antes de um novo conjunto de previsões no próximo mês.
As nove autoridades do banco votaram por 8 a 1 pela manutenção da taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento pelo sexto mês consecutivo em sua reunião de janeiro nesta semana.
"Embora as recentes quedas dos preços do petróleo deprimam a inflação global no curto prazo... essas condições devem providenciar, com o tempo, suporte para os gastos no Reino Unido e seus principais parceiros comerciais", disse o banco na ata da reunião.
"Se a perspectiva mais contida para o crescimento da atividade no curto prazo implica em um enfraquecimento da pressão deflacionária ainda não está claro", diz a ata.
Ian McCafferty votou pelo aumento dos juros para 0,75 por cento, enquanto todas as outras autoridades não pareceram tender pela elevação da taxa.
A decisão do banco vem após quedas fortes nos mercados acionários globais no começo de 2016, provocadas por nova turbulência financeira na China, e sinais crescentes de fraqueza na recuperação econômica britânica.
(Reportagem de William Schomberg e David Milliken)