Por Stanley White
TÓQUIO (Reuters) - O ministro da Economia do Japão, Akira Amari, disse nesta terça-feira que o banco central do país não sinaliza previamente se vai afrouxar a política monetária, quando perguntado sobre a chance de um afrouxamento adicional esta semana.
Amari contrastou o Banco do Japão com o Banco Central Europeu (BCE), dizendo que não pensa que o banco japonês vai comunicar suas intenções aos mercados do jeito que o presidente do BCE, Mario Draghi, fez quando sinalizou na semana passada que estava pronto para expandir os estímulos em março.
Amari reiterou sua visão de que o banco é independente e que o governo não deve guiar a política monetária, mas especulações de que o banco pode agir nesta semana, com a queda dos preços do petróleo pesando sobre os preços ao consumidor, continuam.
"A comunicação com os mercados é parte da política do banco central, e eu não penso que ele vá transmitir suas intenções de forma antecipada", disse Amari.
"O estilo do BCE é bem audacioso, mas não penso que o Banco do Japão vá adotar esta abordagem."
Os mercados trabalham com a especulação de que o banco central pode expandir seus estímulos na reunião que se encerra na sexta-feira, com os efeitos da queda dos preços do petróleo provavelmente forçando o banco a cortar sua previsão de inflação para o próximo ano fiscal abaixo de 1 por cento, disseram fontes à Reuters.