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Brasil vende US$1,5 bi em bônus de 10 anos na 1ª emissão sem grau de investimento

Publicado 10.03.2016, 20:18
Atualizado 10.03.2016, 20:20
© Reuters. Brasil vende US$1,5 bi em bônus de 10 anos na 1ª emissão sem grau de investimento

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro emitiu nesta quinta-feira 1,5 bilhão de dólares em bônus de 10 anos, na primeira emissão soberana após o país perder o grau de investimento e garantindo um rendimento ao investidor de 6,125 por cento ao ano.

A emissão externa veio de surpresa, em meio a esperanças de mudança no governo brasileiro, envolvido em um escândalo de corrupção e diante de uma forte crise política e econômica.

Agentes do mercado disseram que o país provavelmente está agindo para criar uma nova referência que possa ajudar empresas brasileiras a voltar a emitir no mercado de dívida internacional.

"O mercado está praticamente fechado para empresas neste momento, então o governo quer garantir que haja uma referência", disse o gestor sênior de portfólios em mercados emergentes do Invesco, Sean Newman.

O Global 2026 carrega um cupom de 6 por cento e foi colocado por um preço de 99,066 por cento do valor de face.

O aumento da percepção de risco devido à perda do grau de investimento se traduziu na elevação do custo para o Brasil na emissão desta quinta-feira.

O spread em relação aos títulos de referência dos Estados Unidos na emissão do Global 2026 foi de 419,60 pontos básicos, quase três vezes acima dos 147 pontos básicos na última captação externa do governo federal, do bônus Global 2025, em setembro de 2014.

A deterioração das métricas de dívida do Brasil, em meio ao fraco desempenho fiscal em um ambiente de recessão e crise política, fez as três principais agências de classificação de crédito --Standard & Poor´s, Fitch e Moody´s-- tirarem do país o selo de bom pagador entre setembro passado e fevereiro deste ano.

Segundo uma fonte da equipe econômica, que falou sob condição de anonimato, a demanda pelo Global 2026 chegou perto de 6 bilhões de dólares.

A fonte confirmou que um dos principais motivos levados em consideração pelo governo brasileiro para voltar ao mercado internacional foi abrir as portas para emissões de empresas brasileiras.

A liquidação financeira da operação ocorrerá em 17 de março e os cupons serão pagos em 7 de abril e 7 de outubro de cada ano até o vencimento, em abril de 2026.

A emissão do Global 2026 foi liderada por Bank of America Merrill Lynch e JPMorgan.

(Reportagem de César Raizer)

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