Por Elizabeth Piper e Kylie MacLellan
BRUXELAS (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu nesta quinta-feira que os líderes da União Europeia (UE) o ajudem a resolver o tema europeu por uma geração acordando uma proposta “convincente” que ele possa vender aos britânicos e permanecer na UE.
Em negociações num espírito de “é agora ou nunca” em Bruxelas, líderes trabalhavam para superar as diferenças nas áreas mais polêmicas da renegociação do Reino Unido sobre os seus elos com a UE: exigências de garantias financeiras e limites em alguns benefícios para migrantes europeus.
Todos reconheceram que há trabalho a ser feito, mas a maior parte dos líderes parecia disposta a dar a Cameron um acordo que ele possa apresentar como uma vitória antes de iniciar a campanha para manter o Reino Unido na UE num referendo que deve ocorrer no fim de junho.
"O tema do lugar do Reino Unido na Europa foi se deteriorando por muito tempo, e é a hora de se lidar com isso”, afirmou Cameron a outros líderes na primeira sessão de trabalho de uma reunião de dois dias.
"Se nós pudermos chegar a um acordo aqui que seja forte o suficiente para persuadir o povo britânico a apoiar a adesão do Reino Unido à UE, nós teremos então uma oportunidade para resolver esse assunto por uma geração”, declarou ele, descrevendo a nova relação como uma flexível que permita aos países “viverem e deixarem viver”.
Na chegada, Cameron afirmou achar que trabalho duro e boa vontade iria ajudá-lo a fechar “um acordo melhor para o Reino Unido”, um que pode convencer os cada vez mais céticos britânicos a votar na permanência do país no bloco de 28 integrantes.
Os céticos, incluindo muitos no Partido Conservador de Cameron, têm menosprezado as mudanças que ele busca, as considerando diluídas e ralas, que pouco farão para alterar a relação do Reino Unidos com a Europa.