MANCHESTER (Reuters) - O primeiro-ministro inglês, David Cameron, disse que sua renegociação dos laços da Grã-Bretanha com a União Europeia é "trabalho duro" e se recusou descartar a campanha para uma saída britânica em um referendo, caso outros líderes da UE não lhe deem as concessões que ele quer.
Em reunião do seu Partido Conservador, Cameron pediu ao partido que seja paciente sobre a relação da Grã-Bretanha com a Europa antes da votação sobre a filiação que ele prometeu até o final de 2017.
"Se eu não obtiver o que eu quero, eu não descarto nada", disse Cameron à BBC quando perguntado se estava preparado para tirar a Grã-Bretanha do bloco.
"Mas eu estou confiante de que teremos o que precisamos", disse ele na cidade de Manchester, ao norte da Inglaterra, onde os argumentos sobre se a Grã-Bretanha deve permanecer como membro da UE ofuscaram anúncios domésticos, como a folga remunerada para trabalhadores mais velhos cuidarem de seus netos.
Por pelo menos uma geração o partido de Cameron tem se dividido em um conflito sobre o relacionamento britânico com a Europa, que contribuiu para a queda de Margaret Thatcher e de John Major, os dois últimos primeiro-ministros conservadores.
Quando perguntado se a Grã-Bretanha estava vagando em direção à saída da UE, Cameron disse: "Eu estou tentando conseguir para a Grã-Bretanha as coisas que precisamos e obviamente, uma vez que eu as conseguir, eu vou voltar e fazer o caso para ficar em uma Europa reformada."
(Por Guy Faulconbridge e William James)