Bancos lucrativos geram ampliação de crédito e mais crescimento econômico, diz Campos Neto

Publicado 08.08.2024, 09:59
Atualizado 08.08.2024, 10:26
© Reuters. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento ReutersNEXT, em Nova York, EUAn09/11/2023nREUTERS/Brendan McDermid

(Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira que a ideia de que o lucro dos bancos é algo ruim não levará o país a ampliar eficiência, argumentando que as instituições financeiras têm papel relevante no desenvolvimento da economia.

"Ter uma mentalidade de que o lucro dos bancos é ruim não é o que vai nos levar à eficiência", afirmou em evento sobre cinco anos do Cadastro Positivo, em São Paulo.

Na avaliação do presidente do BC, é preciso ficar claro que o fato de a atividade bancária ser lucrativa gera mais capital, o que viabiliza uma ampliação dos empréstimos e, com isso, o país cresce mais.

Campos Neto ponderou que esse processo deve evoluir de uma forma que sejam reduzidos os spreads -- diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e a taxa final de concessão de crédito aos clientes.

Na apresentação, ele disse ter ficado muito feliz em ver o mercado de crédito voltar a crescer “depois de tantos sobressaltos”, ressaltando que se observa uma “normalização” dos spreads.

Dados do BC mostram que as concessões de empréstimos no Brasil avançaram 2,4% em junho na comparação com o mês anterior, enquanto o spread bancário nos recursos livremente negociados entre bancos e clientes caiu de 29,0 pontos percentuais em maio para 28,3 pontos em junho.

Presente no evento, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, também celebrou a melhora de indicadores de crédito, citando que foram dissipados temores do passado, como a aversão ao risco desencadeada pela crise na Americanas (BVMF:AMER3) e a recuperação judicial da Oi (BVMF:OIBR3).

Sidney ainda comentou a ideia de aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), colocada à mesa pelo governo nas discussões sobre compensações para a desoneração da folha, plano que não avançou. Para ele, a medida jogaria um “banho de água fria” no ritmo de crescimento do crédito.

(Por Bernardo Caram)

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