WASHINGTON (Reuters) - Autoridades de primeiro escalão da Casa Branca disseram nesta segunda-feira que acreditam que a Câmara dos Deputados irá aprovar nesta semana a versão mais recente da proposta de reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos dos republicanos, ainda que os parlamentares do partido governista ainda pareçam divididos em relação à medida.
Em entrevistas à rede CBS News também nesta segunda-feira, o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, e o conselheiro econômico, Gary Cohn, demonstraram a esperança de que a iniciativa mais recente de desfazer o sistema de saúde do ex-presidente norte-americano Barack Obama terá sucesso.
"Acho que irá acontecer nesta semana", disse Priebus no programa "This Morning", da CBS.
Em uma entrevista separada, Cohn disse esperar que o plano seja submetido à votação no plenário da Câmara.
"Estamos convencidos de que temos os votos, e iremos seguir em frente com nossa agenda", afirmou.
O presidente Donald Trump e correligionários fizeram campanha prometendo revogar e substituir a lei de saúde de seu antecessor, conhecida como Obamacare, mas até agora não obtiveram um pacto consensual.
Uma proposta reformulada não obteve apoio suficiente para ser votada na semana passada. Um grupo de conservadores republicanos linha-dura a endossou, mas conservadores moderados se mostraram mais cautelosos.
O deputado republicano Charlie Dent, um moderado do Estado da Pensilvânia, disse nesta segunda-feira que ainda tem problemas com a versão atualizada do plano e que suspeita não haver votos suficientes para aprová-la agora.
"Muitos americanos irão ficar sem cobertura", alegou Dent ao canal MSNBC.
O deputado republicano Jim Jordan, presidente do conselho do grupo conservador Caucus da Liberdade da Câmara, disse em várias entrevistas à televisão nesta segunda-feira que acredita que os votos de republicanos da Câmara irão bastar para aprovar a legislação nesta semana.
"Este projeto de lei não tem tudo, mas é um bom passo e é... o melhor que podemos conseguir da Câmara neste momento", disse Jordan à CNN.