KRUEN, Alemanha (Reuters) - A irritação da União Europeia com a Grécia ficou pública neste domingo, quando o presidente da Comissão Europeia repreendeu o primeiro-ministro esquerdista Alexis Tsipras e alertou que o tempo estava acabando para a conclusão de um acordo da dívida a fim de evitar um calote pelo país.
Em termos claros poucas vezes usados, Jean-Claude Juncker acusou Tsipras de distorcer propostas dos credores internacionais para um acordo financeiros e de embromar para apresentar planos alternativos.
Juncker exigiu que Atenas coloque suas próprias ideias sobre a mesa rapidamente para permitir que as negociações sejam retomar à margem de uma cúpula UE-América Latina na quarta-feira, em Bruxelas.
Tsipras era aguardado em Bruxelas na sexta-feira para retomar as negociações. Mas, confrontado com uma reação contra a proposta dos credores em seu partido Syriza, ele foi para o parlamento em Atenas em vez disso e denunciou a oferta como "absurda".
Juncker ficou perto de acusá-lo de duplicidade.
"Eu não tenho um problema pessoal com Alexis Tsipras, muito pelo contrário. Ele foi meu amigo, ele é meu amigo. Mas a amizade, a fim de mantê-la, tem que ter algumas regras mínimas", disse, em uma coletiva de imprensa na cúpula do G7, na Alemanha.
Questionado sobre quando seria a última chance para a Grécia chegar a um acordo e receber fundos urgentemente necessários remanescentes de um resgate de 240 bilhões de euros, Juncker disse: "com certeza haverá um prazo".
(Por Paul Taylor)