HAVANA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chega a Cuba neste domingo para uma visita de 48 horas, fazendo história ao se aventurar no que já foi território inimigo e gerar entusiasmo entre os cubanos que viram seu governo comunista desprezar 10 líderes norte-americanos anteriores.
A visita, a primeira de um presidente dos EUA em 88 anos, teria sido impensável até que Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castro concordaram em dezembro de 2014 em acabar com um distanciamento que começou quando a revolução cubana derrubou um governo pró-norte-americano em 1959.
A polícia à paisana já cobriu a capital com segurança, enquanto equipes de obras públicas têm arrumado o asfalto em uma cidade onde os motoristas fazem piada eles devem ir por "buracos com ruas."
Sinalizações de boas-vindas com imagens de Obama ao lado de Castro aparecem na velha colonial Havana, onde Obama fará um passeio na tarde de domingo, logo após o desembarque.
Desde a reaproximação os dois lados têm restaurado relações diplomáticas, assinado acordos comerciais sobre as telecomunicações e serviço de companhia aérea regular, e ampliado a cooperação na aplicação da lei e proteção ambiental.
(Reportagem de Daniel Trotta e Nelson Acosta)