Por Yasmeen Abutaleb e Rory Carroll
SAN BERNARDINO, Califórnia (Reuters) - O Estado Islâmico disse neste sábado que o casal que matou 14 pessoas na Califórnia em ataque investigado pelo FBI como "ato de terrorismo" eram seguidores do grupo militante baseado na Síria e no Iraque.
A declaração do grupo em uma rádio online, aparece três dias depois de Syed Rizwan Farook, 28 anos, nascido nos EUA, e sua mulher Tashfeen Malik, 29 anos, do Paquistão, realizarem um ataque a uma festa de feriado para funcionários públicos em San Bernardino, a cerca de 100 quilômetros leste de Los Angeles.
Os dois morreram horas depois, em tiroteio com a polícia.
Fontes do governo norte-americano disseram que Malik e seu marido podem ter sido inspirados pelo Estado Islâmico, mas não havia nenhuma evidência de que o ataque era direcionado pelo grupo militante ou que a organização sabia quem eles eram. A festa que o casal atacou era para trabalhadores da mesma agência governamental que empregava Farook.
Se o tiroteio de quarta-feira se provar como tendo sido trabalho de pessoas inspiradas por militantes islâmicos, como os investigadores suspeitam, isso marcaria o ataque mais fatal deste tipo nos Estados Unidos desde 11 de setembro de 2001.
"Dois seguidores do Estado Islâmico atacaram alguns dias atrás um centro em San Bernadino na Califórnia", disse a rádio online do grupo, al-Bayan, no sábado.
Uma versão em inglês da transmissão foi divulgada mais tarde, chamando os atacantes de "soldados" do Estado Islâmico, ao invés de "seguidores" como na versão original em árabe. Não ficou claro se a versão em inglês os colocava como membros, ou o motivo de haver inconsistência.
A transmissão veio um dia após o Facebook confirmar que comentários louvando o Estado Islâmico foram postados perto do horário do tiroteiro em uma conta da rede social feita por Malik sob um pseudônimo. No entanto, era incerto se os comentários foram postados por Malik ou por outra pessoa que teve acesso à sua página.