Por Alister Doyle
OSLO (Reuters) - A degradação do solo, assim como uma expansão de desertos em partes da África, custa trilhões de dólares na economia mundial por ano e pode conduzir dezenas de milhões de pessoas para fora de casa, de acordo com um estudo da ONU divulgado nesta terça-feira.
Mundialmente, cerca de 52 por cento das terras agrícolas já estão danificadas, de acordo com o estudo publicado pelo The Economics of Land Degradation (ELD), complicado por 30 grupos de pesquisa ao redor do mundo.
O estudo estimou que a degradação do solo mundialmente custa entre 6,3 trilhões de dólares e 10,6 trilhões de dólares por ano em perdas de benefícios, como a produção de comida, madeira, medicamentos, água fresca, ciclo de nutrientes ou absorção de gases causadores do efeito estufa.
"Um terço do mundo está vulnerável à degradação do solo; um terço da África está ameaçada pela desertificação", relatou.
Tal degradação, incluindo pelo desmatamento de florestas tropicais, poluição e excesso de pastoreio "também pode levar à migração transfronteiriça e, eventualmente, criar conflitos regionais", disse.
O estudo citou uma descoberta da ONU em 2012 de que até 50 milhões de pessoas poderiam ser forçadas a buscar novas casas em um década por conta da desertificação.