BEIRUTE (Reuters) - Bombas mataram mais de 120 pessoas nas cidades costeiras sírias de Jableh e Tartus nesta segunda-feira, disseram monitores do conflito, localizadas em uma área controlada pelo governo que sedia forças da Rússia.
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade dos ataques nas cidades banhadas pelo Mar Mediterrâneo, que até então estavam imunes a combates mais intensos, dizendo que visava apoiadores do presidente da Síria, Bashar al-Assad.
Dezenas de pessoas ficaram feridas em pelo menos cinco ataques suicidas e dois com carros-bomba, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos. As ações foram as primeiras deste tipo em Tartus, onde os russos, aliados de Damasco, mantêm uma instalação naval, e em Jableh.
A mídia estatal confirmou os ataques, mas estimou um saldo de mortes menor.
Os combates se intensificaram em outras partes da Síria nas últimas semanas, enquanto potências mundiais se esforçam para ressuscitar um cessar-fogo frágil e na sequência do fracasso das conversas de paz em Genebra este ano.
A mídia estatal noticiou que um carro-bomba e dois homens-bomba atacaram um posto de combustível em Tartus. Em Jableh, uma das quatro explosões aconteceu perto de um hospital, segundo a imprensa oficial e o Observatório.
Imagens divulgadas por usuários de redes sociais pró-governo exibiram cadáveres na traseira de caminhonetes e partes de corpos calcinados no chão.
O Ministério do Interior sírio disse em um comunicado que mais de 20 pessoas morreram, e um organismo da mídia oficial estimou o saldo de mortes em 45 pessoas.
(Por John Davison; reportagem adicional de Kinda Makieh)