BEIRUTE (Reuters) - Forças do governo da Síria e seus aliados enfrentaram insurgentes perto de Aleppo nesta segunda-feira, e aviões de guerra fizeram mais bombardeios no entorno de uma cidade estratégica tomada por rebeldes islâmicos na semana passada, disse um grupo de monitoramento.
A captura de Khan Touman foi um contratempo raro para as forças governamentais na província de Aleppo nos últimos meses, assim como para as tropas aliadas do Irã, que sofreram baixas pesadas nos combates.
Os aviões de guerra continuaram a atacar os arredores da cidade nesta segunda-feira e já realizaram mais de 90 ataques na área desde a manhã de domingo, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado em Londres.
A rede de TV Al Manar, do grupo libanês Hezbollah, aliado de Damasco, informou que soldados destruíram um tanque pertencente aos insurgentes e mataram alguns de seus ocupantes.
Khan Touman fica logo ao sudoeste da cidade de Aleppo, que é um dos maiores alvos estratégicos de uma guerra já em seu sexto ano e que passou a maior parte do conflito dividida em zonas sob controle dos rebeldes e do governo.
A intervenção militar da Rússia em setembro tem ajudado o presidente sírio, Bashar al-Assad, a reverter alguns dos ganhos dos rebeldes no oeste do país, inclusive na província de Aleppo.
O Observatório relatou que aviões de guerra atingiram áreas dos rebeldes na cidade no início desta segunda-feira e que estes dispararam bombas em vizinhanças comandadas pelo governo, apesar de Moscou ter anunciado a prorrogação de uma trégua que inclui a cidade de Aleppo.
O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Marc Ayrault, que preside uma reunião de opositores de Assad em Paris, disse que as forças do governo da Síria e seus aliados bombardearam hospitais e campos de refugiados.
"Não é o Estado Islâmico que está sendo atacado em Aleppo, é a oposição moderada", afirmou.