PARIS (Reuters) - O ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, afirmou neste sábado que o país manterá seus compromissos financeiros após Paris anunciar o aumento das despesas com a segurança em razão dos ataques letais de 13 de novembro.
Em um discurso na segunda-feira, o presidente da França, François Hollande, prometeu criar 5.000 empregos nas forças de segurança e evitar cortes de gastos de defesa até 2019, dizendo que "o pacto de segurança prevalece sobre o pacto de estabilidade", referindo-se a limites orçamentários da zona euro.
"Estamos falando de uma pequena lacuna", disse o ministro Emmanuel Macron a repórteres. "A França irá manter seus compromissos financeiros, espero que sim, pois... é nossa responsabillidade com a Europa e a zona do euro."
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse em 17 de novembro que a França foi obrigada a ultrapassar seu objetivo de 3 por cento do PIB do déficit orçamentário da União Europeia para aumentar os gastos com segurança.
Porém, antes mesmo dos atentados de Paris, a França seguia para um déficit orçamentário acima das metas da União Europeia. Em 15 de outubro, o país apresentou um projeto de plano orçamentário, que ignora recomendações de ministros das Finanças da União Europeia de realizar cortes de déficit estrutural.
" Circunstâncias excepcionais têm justificado a tomada de decisões excepcionais ", disse Macron. "Elas foram apresentadas à Comissão Europeia. Não acredito que seja provável que mudem algo."