LONDRES (Reuters) - A rede de militantes por trás dos ataques do mês passado em Paris tinha ligações com pessoas na Grã-Bretanha, disse o Wall Street Journal em uma reportagem que a polícia britânica descreveu neste sábado como sendo "especulativa".
Várias pessoas suspeitas de terem conexões com Abdelhamid Abaaoud, o militante do Estado Islâmico suspeito de ter sido o líder dos ataques de 13 de novembro, estão baseadas na Grã-Bretanha, de acordo com duas autoridades ocidentais não identificadas que foram citadas pelo jornal na sexta à tarde.
As autoridades disseram ao Journal que tais pessoas, incluindo algumas de descendência marroquina, estavam baseadas na região de Birmingham, no centro da Inglaterra, a cerca de 190 km de Londres.
Não houve nenhuma sugestão oficial vinda de Londres sobre qualquer ligação entre o grupo que conduziu os ataques nos quais 130 pessoas morreram e militantes britânicos. Mas grupos jihadistas são com frequência organizados de forma solta, e suas conexões, incluindo por meio das redes sociais, são espalhados geograficamente.
A polícia de West Midlands, sediada em Birmingham, disse neste sábado que a reportagem sobre o potencial contato entre os agressores de Paris e pessoas ou locais na cidade eram "especulativas".
O chefe-assistente da polícia Marcus Beale disse que sua unidade antiterrorismo estava "trabalhando diretamente" com os colegas de unidades antiterrorismo em Londres, a rede nacional de combate ao terrorismo e serviços de segurança para prover apoio às investigações francesa e belga sobre os ataques.
O jornal britânico Mirror noticiou que a polícia britânica estava investigando denúncias de que um membro da gangue que atacou Paris fez diversas ligações telefônicas para Birmingham pouco tempo antes dos atentados.
A Grã-Bretanha encontra-se no nível de alerta "severo", o segundo mais alto, o que significa que um ataque militante é considerado altamente provável.