Haddad diz que núcleo da inflação continua elevado e que BC está agindo de acordo

Publicado 15.10.2025, 09:36
Atualizado 15.10.2025, 09:43
© Reuters.

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que o núcleo da inflação permanece relativamente alto, refletindo pressões persistentes, e destacou que o Banco Central está agindo de acordo.

As declarações foram feitas em comunicado por escrito que marca a participação do país na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington.

Após destacar uma perspectiva favorável para o Brasil no médio prazo, ele reconheceu que "o núcleo de inflação continua relativamente elevado", citando pressões persistentes e expectativas de inflação acima da meta de 3%.

"Assim, a política monetária permanece em território contracionista, reforçando o compromisso firme do Banco Central do Brasil em cumprir a meta e reancorar as expectativas", acrescentou.

Haddad não viajou a Washington para debater, no Brasil, alternativas após o governo sofrer uma dura derrota com a derrubada da medida provisória que alterava a taxação de aplicações financeiras, uma das principais propostas de ajuste das contas do Executivo para o próximo ano.

Suas declarações servem como orientação para a delegação do ministério.

Na semana passada, Haddad criticou a taxa de juros Selic como "excessivamente restritiva", mas ressaltou que essa era uma opinião pessoal e não um questionameto à autonomia do BC.

O Banco Central manteve a taxa básica de juros em 15% em setembro pela segunda reunião consecutiva — o nível mais alto em quase duas décadas — e sinalizou que ela permanecerá nesse patamar por um período prolongado para levar a inflação de volta à meta de 3%.

O IPCA registrou alta de 5,17% nos 12 meses até setembro, acima dos 5,13% registrados em agosto.

Haddad afirmou que a atividade econômica está próxima do potencial após superar as expectativas nos últimos anos, e que a inflação está gradualmente convergindo para a meta oficial.

Ele também destacou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuará utilizando a política fiscal para promover justiça social e bem-estar, considerando o ciclo econômico.

Em meio às tensões comerciais globais, Haddad pediu a remoção de restrições comerciais unilaterais e a restauração de estruturas previsíveis e baseadas em regras para proteger o crescimento global.

(Por Marcela Ayres)

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